Capítulo 18

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Sonhei com a Priscilla. Eu estava no quarto do hospital e ela beijava minha boca levemente e me dava um beijo na barriga. Ela usava um casaco preto, seus cabelos eram bem pretos agora. Ela sussurrou que me amava e eu adormeci novamente. Acordei de manhã com uma sensação estranha. Aquele sonho mexeu comigo de alguma forma. Quando acordei a Patricia estava no quarto. Ela se aproximou.

Pati: Oi...

Eu: Oi...

Pati: Ta sentindo alguma dor?

Eu: Não. Só estou com sede.

Pati: Vou pegar água – me deu água e apertou a campainha chamando uma enfermeira. Ela olhou minha pressão, meus batimentos, os batimentos do bebê e foi chamar minha médica.

Ana: Bom dia mamãe, bom dia vovó – veio sorrindo.

Pati: Bom dia.

Eu: Bom dia.

Ana: Como está se sentindo?

Eu: Um pouco fraca, mas estou bem.

Ana: Vou examinar você, fazer uma ultra tá, pra saber como está o descolamento – ela fez tudo. – Está evoluindo bem, mas ainda ficará aqui mais 24 horas pra cuidar direitinho. E já quero pedir pra não ficar sozinha em casa, pode se sentir mal, cair. Ou então pelo menos mudar seu quarto pra um comodo de baixo pra evitar escadas.

Pati: Eu já a chamei pra ir lá pra casa, mas ela não quer doutora.

Eu: Eu vou chamar a Rafa pra morar lá em casa comigo, pelo menos um tempo. Ela vai ficar sem apartamento esse mês, então vou pedir pra ela ficar comigo pelo menos até o bebê nascer.

Ana: Então tá bom... Já quer saber o sexo ou vai fazer chá revelação?

Eu: Quero saber. Não vai ter graça um chá revelação sem a Pri aqui – suspirei.

Ana: Então vamos olhar... – ela procurou com calma. – Já pensou em nomes?

Eu: Já sim. Tom se for menino e Mia de for menina.

Ana: Então seja bem vinda a Mia.

Eu: Ah meu Deus – ria e chorava – Oi filha...

Pati: Oi princesa da vovó... – estava super emocionada. – Oi Mia... – eu tava muito feliz e ao mesmo tempo triste pela Pri não estar comigo. Fiquei mais 24 horas no hospital e recebi alta. Convidei a Rafa pra morar comigo por um tempo e ela topou ficar até a Mia nascer e me ajudar com ela no comecinho. Eu ficaria mais alguns dias em casa me recuperando pra depois encarar a imprensa por causa da morte do Hugo. Pedi meu advogado pra ir até a minha casa e ele logo chegou. Eu desci e me sentei na sala. Não podia ficar me movimentando muito. Ele logo chegou.

Eu: Senta doutor. Maria tras um café pra gente por favor... Obrigada.

Gouveia: Como está?

Eu: Estou bem. Preciso de repouso mas alguns dias, mas logo volto a trabalhar, mas eu e essa mocinha aqui estamos bem – passei a mão na barriga e sorri.

Gouveia: Ah é uma menina?

Eu: Sim... Ela vai se chamar Mia, como eu e a Priscilla sempre sonhamos.

Gouveia: Parabens.

Eu: Obrigada. Então doutor. Como devo proceder? Meu funcionário foi morto dentro da minha empresa.

Gouveia: Como ainda não sabemos como isso aconteceu, a empresa não tem que indenizar a família. Ele não tinha problemas lá, pelo menos ele nunca relatou nenhum problema com nenhum funcionário lá dentro que estivesse o incomodando, porque se tivesse relatado e a empresa não tivesse feito nada ai sim seria omissão. Mas não houve registro de nenhuma queixa por parte dele. A família vai receber os direitos trabalhistas dele, o seguro de vida dele normalmente. A policia vai investigar o crime e o culpado será responsabilizado, mas a empresa não tem responsabilidade alguma por isso. Mas a conta bancaria dele vai ser bloqueada, aliás, já foi bloqueada. A Policia federal já pegou o celular dele, o notebook, o computador da sala dele pra ver se ele fez isso outras vezes, de vender produtos com valores adulterados, ou vender e não entregar. Afinal isso é roubo.

Eu: Ok. E o que eu devo fazer com relação a imprensa?

Gouveia: Não precisa dizer muito. Seja clara e objetiva, não responda perguntas. Se preferir e o que eu acho mais viável nesse momento é emitir uma nota a imprensa assim a senhora não fica se expondo. Emite uma nota não precisa ser longa dando breve explicação e pronto. Já entrei em contato com uma firma de limpeza, e eles vão limpar a sala amanhã bem cedo. A pericia já recolheu tudo que precisava então já pode ser limpa.

Eu: Ok doutor. E outra coisa. Eu não fechei as contas da Priscilla ainda. Eu preciso fechar as contas dela, mas eu não tenho documentos dela pra isso. Preciso transferir o dinheiro dela pra minha conta também.

Gouveia: Só levar o atestado de óbito provisório já que não foi emitido um atestado definitivo pela ausência de corpo que o gerente transfere.

Eu: Ah sim... – conversamos mais um pouco e ele foi embora.

FLASH DOUTOR GOUVEIA...

XX: E ai? Novidades?

Gouveia: Ela está em casa, acabei de sair de lá.

XX: E como estão as coisas?

Gouveia: Estão bem. Vai ficar de repouso uns dias. Mas ela e a neném estão bem.

XX: A neném? É menina?

Gouveia: É sim. Mia o nome dela.

XX: Nossa... – suspirou – E quanto a empresa e a morte do Hugo?

Gouveia: Está sendo investigado. Depois de amanhã a empresa volta ao normal. Mas estão sendo bem rigorosos para saberem quem mantou o Hugo e dentro da empresa.

XX: Quando tiver mais novidades me avisa...

Gouveia: Ok... Tchau.

XX: Tchau...

FIM DO FLAHS DOUTOR GOUVEIA

Natiese em: Surpresos???Onde histórias criam vida. Descubra agora