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Marina

Acordei para uma manhã úmida da chuva da noite anterior, mas ensolarada. Era o clima perfeito. Esfreguei os olhos para afastar o sono e suspirei levando a mão para trás a procura de Gael, surpreendentemente o colchão estava vazio do seu lado e não carregava nenhum resquício de seu calor, o que significava que ele havia acordado faz tempo.

Levantei o corpo franzindo a testa tanto pela ausência dele como pelo meu corpo dolorido. Gael havia sido especialmente dedicado na noite anterior, sorri ao lembrar de todos os orgasmos que tive, do seu urro de prazer depois disso. Gael era um imã para o pecado, principalmente luxúria.

Estiquei um pouco o pescoço e vi um pequeno bilhete em cima de seu travesseiro, peguei o pedaço de papel e me vi olhando para sua caligrafia decidida e suave ao mesmo tempo.

" Você me esgotou noite passada, desci logo porque estava com muita fome. Espero repetir logo o banho que tivemos, você é maravilhosa. Não consigo parar de ouvir os sons que você faz quando estamos juntos. Eles me deixam louco.

Ps: Desculpe pelas marcas. "

Apesar de suspirar de contentamento pelas palavras dele corri rapidamente para a frente do espelho no banheiro ( sem deixar de me lembrar das coisas que fizemos ali em frente ) e avaliei meu corpo nu. Fiquei chocada ao perceber a quantidade de marcas de mordidas e chupões que ele me deixou, meus seios estavam completamente vermelhos e sensíveis da sua boca, minha barriga exibia várias manchas vermelhas e ao virar as costas percebi mais chupões em minha bunda.

Gael havia deixado sua marca por todo o meu corpo e eu não sabia se ficava lisonjeada, irritada por não ter percebido suas investidas para isso ou brava com ele, mas ele havia feito tudo aquilo em lugares escondidos, ninguém veria. Ao contrário dele que eu tinha certeza, exibia umas duas ou três daquelas manchas no pescoço, e a minha família estava vendo.

Me apressei em tomar um banho ignorando meu corpo dolorido e a ardência entre minhas pernas. Coloquei um vestido roxo solto que não pegasse muito em meus seios e fiz um rabo de cavalo, em seguida uma maquiagem leve. Desci apressada as escadas parando um pouco para ouvir a conversa lá embaixo.

Estavam rindo, o que significava que meu pai ainda não tinha explodido. Me obriguei a desacelerar e entrar calmamente na cozinha. Todos olharam para mim, minha irmã e minha mãe sorriram em minha direção, meu pai carregava uma expressão sombria e deduzi que ele havia sim, visto o pescoço de Gael e estava se controlando.

Meu namorado foi um show a parte, ele parecia um gigante sentado na mesa de café da manhã, vestindo bermuda jeans e camisa de botões cinza, os cabelos bagunçados como sempre, um sorriso de canto de boca e olhos verdes inundados de amor e devoção se eu não estivesse enganada, e eu achava que não estava. Sorri para ele esperando demonstrar todo o meu amor também e fui cumprimentar meus pais primeiro, dei um beijo em cada um e um na minha irmã, em seguida sentei ao lado de Gael beijando sua bochecha e tentando não encarar a mancha enorme e de um vermelho vivo estampada para todo mundo ver. Ninguém comentou nada, ainda bem.

Gael enlaçou a mão grande na minha por baixo da mesa, nossos dedos se abraçando naturalmente e uma onda de euforia percorreu meu corpo no mesmo instante, apertei sua mão e ele sorriu para mim. Quase me desmanchei ali. Eu precisava dizer a ele mais uma vez que o amava, e todas as vezes esse amor só parecia aumentar.

- Então? Dormiram bem?

Bruna finalmente abriu a boca estragando o momento bom, e ela não olhava para nós, mas para o pescoço de Gael com um sorriso malicioso nos lábios. Revirei os olhos para ela e chutei sua canela por baixo da mesa. Ela soltou um gemido. Sorri para os meus pais que nos encaravam.

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