Capítulo 12

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Olá, seres humanos e outros :)
Eu preciso dizer uma coisa que sinto que vão ficar com raiva: Era pra ter Lemon nesse capítulo, mas fiquei desanimada de escrever :') Porém, planejarei algo para compensar na hora certa, juro. Espero que gostem do capítulo assim msm.
Bjs

Palavras: 3550

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— Eu sou o responsável pela investigação do assassinato do Blanc, você não pode simplesmente negar todos os meus pedidos. — Joguei meu pedido para um mandato de busca e apreensão, com um carimbo de “recusado”, em cima da mesa de Namjoon, irritado. Ele apenas levantou os olhos, fuzilando-me. 

— Você quer mesmo movimentar um pessoal para fazer uma busca no apartamento da Charlotte, Jungkook? O que espera encontrar lá? — Perguntou, com as sobrancelhas arqueadas por cima dos óculos quadrados de aros tão finos que pareciam transparentes. As coisas não andavam há uma semana, tudo porque o maldito tinha certeza de que V era o assassino, então dava um jeito de refutar todas as minhas provas, mesmo que fossem concretas e irrefutáveis. Ele fazia de tudo para atrasar qualquer uma das minhas investidas contra Charlotte.

— Por acaso, só uma pequena dúvida, você leu a solicitação antes de recusá-la? — Franzi o cenho, rindo de nervoso e passando a língua para umedecer os lábios. Namjoon retirou os óculos, recostando-se na cadeira com uma expressão cínica.

— Não perderia meu tempo com isso. Inclusive, não sei porque está tomando meu tempo agora. — Ele curvou os lábios para baixo, dando de ombros. Ninguém, em anos, irritava-me tanto quanto aquele filho da mãe havia irritado em uma semana. Namjoon não tinha provas sobre o V ou sobre mim e a frustração fazia com que ele agisse com cinismo, tratando-me como um qualquer delinquente meia-boca só para se vingar.

Passei a mão pelos cabelos, dando voltas por seu escritório. Em seguida, peguei a solicitação recusada em sua mesa e apontei para o espaço destinado à descrição dos objetos que deveriam ser apreendidos. Meu dedo permaneceu no mesmo lugar, pacientemente, até que ele recolocasse os óculos e encaresse a folha.

— Sapatos. Nós precisamos achar os sapatos vermelhos do vídeo. — Quase soletrei a palavra para ele, falando entredentes. Eu também havia descrito o sobretudo preto e a máscara, mas eu duvidava que Charlotte não tinha se livrado deles. Entretanto, os sapatos eram mais improváveis que fossem jogados fora. A francesa sempre usava saltos de cores e modelos diversos, como se os colecionasse. Por várias vezes eu havia a visto com os fatídicos saltos vermelhos, uma de suas cores favoritas.

— E o que vai fazer com os sapatos? Calçá-los?— Sua voz estava carregada com desdém. Talvez os anos com sede de vingança por Mok haviam transformado o garoto inteligente e solene, afinal de contas. Eu apenas sorri de canto, apoiando ambas as mãos na mesa e inclinando-me na direção de Namjoon, observando de perto sua expressão displicente. Cuidei para carregar meu olhar com um ar desafiador antes de começar a falar.

— Sei que me odeia, Namjoon, mas você está sendo injusto em seu próprio jogo. Não seria mais divertido se você me desse mais liberdade e aceitasse que não tem motivo para não aprovar esse pedido de busca e apreensão? — Sorri de canto, sustentando um longo olhar que ele me lançava. Não havia mudanças em sua expressão, apenas sua fria impassibilidade.

— Você está enganado, Jungkook. Eu não te odeio, apenas tenho pena de você. Está sendo manipulado por esse psicopata e nunca se deu conta disso. — Ele disse aquilo calmamente. Sua calma e frieza pareciam ser inabaláveis, enquanto o meu sangue era mais fervente. Porém, eu não podia me abalar, precisava ser tão racional e frio quanto Namjoon. Então, afastei-me, encarando-o sem demonstrar expressão.

Ao notar que eu não deixaria minhas emoções me controlarem e não confessaria coisa alguma, Namjoon suspirou, voltando a se recostar na cadeira.

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