Capítulo 10

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Capítulo 10

- Que tipo de criaturas são vocês? - perguntou Caspian, jogado ao chão.

- Criaturas enormes, com cabeça de tigre e corpo de um...

- Tigre diferente. - completou outro.

E então suas formas foram aparecendo. Do tamanho de anões. Se não um pouco maior, por conta do único pé enorme que acada um tinha. Um apenas para cada ser. Havia um em cima do outro e ainda continuavam a contar vantagem. E carregavam cotonetes enormes.

- Melhor não mexer com a gente!

- Se não? - perguntou Edmundo, nervoso.

- Retalhamos vocês com as garras.

- Atravessamos vocês com as presas.

- Rasgamos vocês com os dentes.

- E mordemos vocês com os caninos! - falaram, fazendo barulhos raivosos.

Mas agora nenhum dos marinheiros tinham medo. Na verdade, achavam graça.

- Quer dizer que nos esmagam com esses barrigões? - perguntou Edmundo sarcasticamente.

- Que barrigões? - perguntou um. E finalmente perceberam que agora estavam visíveis.

- E fazem cócegas com os pés? - perguntou Caspian, rindo quando um deles caiu.

Edmundo desembainhou a espada e apontou para um deles, o que parecia ser o chefe.

- O que fizeram com a minha irmã, seus pestinhas? - perguntou, irritado.

- Ora, calminha...

- Onde ela está?

- Melhor contar a ele. - disse outro.

- Vai lá, chefe, conta logo!

- Na mansão. - disse por fim.

- Mas que mansão? - perguntou Edmundo, desconfiado e desesperado.

E então a mansão surgiu ali adiante, como se uma tinta da visibilidade tivesse surgido.

- Ah... aquela mansão.

- Sabem que eu já estou cansado de ser deixado para trás! - disse uma voz ao fundo.

E Eustáquio surgiu pelas árvores, limpando sua roupa. Quando viu tudo aquilo, paralisou.

- É o porco! - disse uma voz, e Selena segurou para não rir.

- O porco voltou!

- Esse lugar tá ficando cada vez mais esquisito. - comentou Eustáquio, assustado.

- Esquistos? - os seres ficaram ofendidos.

- Ele nos chamou de esquisitos?

Nesse momento, Lúcia saiu da mansão com o senhor que encontrara na biblioteca.

- Opressor! O Opressor! Opressor! - eles gritaram ao verem-no.

- Lúcia! - Edmundo disse, feliz em ver que a irmã estava bem.

- Majestade. - disse o homem, fazendo uma reverência.

- Caspian, Selena e Edmundo. - disse Lúcia. - Esse é Coriakin. Essa ilha é dele.

Os três fizeram uma reverência.

- É o que ele pensa. - disse um dos seres. - Vocês nos enganou, mago.

- Eu não enganei vocês. - disse o senhor, aproximando-se deles e os fazendo pularem pra trás, assustados. - Deixei vocês invisíveis para sua própria proteção.

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