Estamos todos na última das sete mansões.
Eu não sei se tive tempo para descrever a construção dela, acho que não. Eu acho que estão todos loucos, subitamente. Ou talvez já estavam e eu que não percebi...
Enfim. Aqui o tema é mausoléu. Um grande, imenso e piramidal mausoléu vermelho com torres pontiagudas. Ao contrário das outras casas, só há uma entrada e todas as roupas aqui são negras e tem uma pegada gótica de vários estilos. Todos se dividiram entre punks, steampunks, aqueles cybergoths deformados que eu achei que nunca mais veria, vitorianos vampiristas, médicos vestidos de Peste... E Yoshua com uma sexy fantasia de anjo negro.
Curiosamente, mesmo aqui dentro sendo um enorme salão vermelho e preto, com bancos em formatos de caixões e tendo um desconfortável ataúde de granito e mármore num altar... Todos estão se divertindo como nunca.
Porém... À cada hora o relógio velho faz a festa parar para suas longas e arrastadas badaladas, que calam fundo e suscitam o medo nos olhos de todos. Não há risada, num choro, nem grunhido - mas quando cessa o badalar, volta a alegria da festa e a orgia profana dos monstros e demônios desta festa de loucos.
Eu não quero mais fingir, mas ao menos, minha máscara me protege.
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2033 [EM EDIÇÃO]
Fiksi IlmiahO que houve com o mundo? Como é possível tantos bilhões de pessoas desaparecerem do dia para a noite - vivos e mortos? Após meses de profunda depressão, no intuito de tentar se reerguer na virada do ano, Guilherme se vê envolto ao nascimento dolor...