17 - Encontros e desencontros

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Acordo meio confuso com um barulho alto.

A luz do quarto é acesa e me escondo no travesseiro. Minha mãe não acende as luzes e até os médicos são mais silenciosos.

- Cadê ela? - alguém pergunta.

- O quê? - pergunto por perguntar ainda meio dormindo.

- Ela está escondida aqui que eu sei - fala.

- O quê? - repito ainda confuso coçando os olhos.

- Onde está a Emily? - ela pergunta irritada e percebo que é a mãe da garota, ela parece bem irritada.

- Não sei - digo ainda tentando ficar totalmente acordado.

- Não sabe? - pergunta com deboche, ainda irritada.

- Não, você acabou de me acordar - falo simples e deito de novo. - E por que eu saberia onde ela está?

- Por quê? Não sei. Talvez porque você sempre dá um jeito de manipulá-la para que ande com você - diz cheia de sarcasmo.

- Manipular? Você é doida. E você a proibiu de falar comigo, lembra?

- Garoto insolente, onde está minha filha? - pergunta irritada.

- Já disse que não sei. Procure se quiser - falo tentando procurar uma posição para voltar a dormir.

Por que ela ligou a luz? Essa porcaria de claridade.

- Se você estiver escondendo ela...

- Só me deixe voltar a dormir - peço. - Não entendeu que ela não está aqui?

Ela suspira irritada.

- Sabia que você é um moleque insolente?

Faço um joinha para ela e me encolho de novo.

Eu não queria estar sendo mal educado, mas ela veio me perturbar no meu quarto de manhã cedo. Assim não dá.

- O que fez na unha? Está parecendo um marginal.

- Minha amiga pintou - digo sem lhe dar muita atenção. - Ela estava entediada - agarro o travesseiro tentando voltar a dormir.

Alguns segundos depois ouço a porta ser fechada com força, porém a luz continua acesa.

Mas que merda.

Então a luz se apaga e, em seguida, sinto algo subir na cama do meu lado e me abraçar. Me viro e vejo que é a Emily. Abraço-a de volta sentindo o cheiro do seu shampoo de morango.

Já estou quase dormindo quando:

Pera.

Emily?

Quê?

- O que você está fazendo aqui? - pergunto sem ter certeza se isso é um sonho ou não.

- Eu quero ficar com você - ela diz e se esconde no meu peito. - Deixa, Kookie, por favor. Eu juro que fico quietinha. Por favor, por favor, por favor.

- O.K. - a puxo para perto. - Apenas fique quieta.

...

Acordo com alguém me sacudindo.

- Por que não me deixam dormir? - resmungo.

- Já são dez horas, Kookie, vamos brincar - abro os olhos e Emily está sentada em cima de mim.

- Não, vamos dormir - digo deitando-a e prendendo-a com a perna.

- Não, Kookie - ela me empurra tentando se soltar, sem sucesso. - Me solta seu gordo.

Forever - JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora