Como prometido, no sábado, véspera do meu aniversário, minha mãe dormiu em casa, o que me deixou muito feliz. No dia seguinte ela chegou cedo com meu pai e me acordaram com o parabéns.
Eu fiquei receoso quando o vi, achei que nós teríamos uma conversa constrangedora, mas ele não ficou tempo suficiente para isso. Ele foi embora logo depois de cantar parabéns com um bolo na mão e me dar o presente, disse que tinha que resolver umas coisas do trabalho.
Minha mãe foi atrás dele e eu fiquei com Emily que me encarava desembrulhar o celular.
- Por que seu pai tem que trabalhar no domingo? - ela perguntou e eu respondi:
- Porque morar no hospital é caro.
Ela não entendeu, mas eu não queria conversar sobre aquilo.
Ela me deu mais desenho, que pedi que ela colasse perto do outro, e uma rosa (que agora já está meio murcha) de presente e fiquei muito feliz com isso.
Quando minha mãe voltou ela pediu desculpas por meu pai, mas eu disse que estava tudo bem. Não é como se eu me importasse.
Até que não foi tão ruim. Eu comi bolo, almocei minha comida favorita e ganhei um celular. Mas, depois de almoçar, Emily foi para seu quarto e virou apenas mais um domingo normal com minha mãe. Não que eu esteja reclamando mas...
Pelo menos eu baixei um monte de jogos e estou jogando desde então e a melhor parte disso é que minha mãe não pode reclamar de nada porque a ideia foi dela.
Batem na porta.
- Entra - falo sem tirar o olho do jogo. - Morre, merda, morre - falo para o jogo e comemoro quando passo de fase.
Ouço uma risada baixa e encaro a garota à minha frente.
Foi ela que entrou? Eu achei que tivesse sido um enfermeiro.
- Aish - falo escondendo o rosto com vergonha.
- Você é fofo - ela diz me deixando com ainda mais vergonha.
- Não diga besteiras - falo.
- Nunca - ela sorri. - Emily te faz outro desenho? Feliz... aniversá... Quando foi seu aniversário? - pergunta.
- Ontem - falo voltando a jogar.
- E você não me disse nada? - questiona indignada.
- Não era algo importante - falo e começo a matá-los novamente.
- Como não era algo importante? Eu podia ter vindo te ver - diz um pouco irritada.
- Não precisava perder seu domingo com isso - digo.
Ela toma o celular da minha mão.
- Não, eu estou quase ganhando e as vidas demoram para carregar - reclamo.
- É sério que seu aniversário foi ontem e você não me disse nada? - me pergunta séria.
- Já falei que não é importante, eu fiquei com minha mãe, como sempre. Mais um dia como qualquer outro.
Ela coloca o celular no sofá e sai da sala.
- EI - grito. - Você não pode... ótimo. - reclamo.
Encaro o celular fora do meu alcance e chamo um enfermeiro.
- Oi, senhor Jeon, o que quer? - um homem alto pergunta.
- Pode pegar meu celular no sofá? - Peço com um pouco de vergonha pois é algo estúpido.
- Por que você mesmo não pega? - pergunta e o encaro besta.
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Forever - JJK
Fiksi PenggemarJungKook já perdeu as esperanças. Um garoto mimado rabugento e, vamos admitir, um pouco dramático. É verdade que ele está internado há três anos, mas sua doença nem é tão grave assim. Tudo bem ele fazer um pouco de drama. Mas ele precisava mesmo ter...