oitenta e nove

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Fabiana: Não, Felipe. Ninguém nunca soube dela, como justamente você iria saber?
Felipe: Então... Algum tempo atrás, eu estava puto por ele me tratar mal para caralho, mesmo sem eu ter feito nada de ruim para ele, então eu entrei na casa dele para ver se eu descobria algum segredo dele, e eu descobri a Bruna.
Fabiana: Como assim?
Felipe: Ele a mantinha trancada dentro de casa. A mulher dele morreu alguns meses após o nascimento de Bruna, e ele a deixou trancada dentro de casa porque, na cabeça dele, ele estava a privando de todas as doenças do mundo. Eu acabei indo ver ela todos os dias e aí virei amigo dela. Fim.
Fabiana: Meu Deus. Isso faz quanto tempo?
Felipe: Uns seis meses. Mas semana passada eu e o Senhor Wolling acabamos brigando e eu acabei colocando na cabeça que deveria me afastar dela.
Fabiana: Por isso que você estava tão triste...
Felipe: Você... Percebeu?
Fabiana: Claro que eu percebi, todos perceberam. Você não é daquele jeito.
Felipe: É... Bem, ontem ela veio aqui me ver e disse que o pai dela deixou que eu a levasse para conhecer tudo lá fora. E, bem, é o que eu estou fazendo. E eu ainda não a pedi em namoro porque quero que ela se acostume mais com o mundo, entenda como tudo funciona, como é um relacionamento, como é viver de verdade... Entende? — ela assentiu.
Fabiana: Por isso que ela não entende algumas coisas que a gente fala... Agora faz sentido.
Felipe: É. Inclusive, preciso procurar algum curso que ensine isso a ela — Peguei meu celular, que estava em cima do balcão. •

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