Fuga

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Após terminar de me vestir, sai do banheiro e ela estava à minha espera. Seguimos novamente até o quarto em silêncio. Após chegarmos ela me deixou entrar e me trancou.

Olhei ao redor, somente a cadeira e o coxão. Resolvi me deitar no coxão e tentar descansar um pouco.

Consegui dormir por incrível que pareça, também depois de 5 dias sem nenhum descanso era se esperar.

Acordei assustado ao ouvir a porta ser aberta e ouvir alguém gritando.

-LEVANTA DAÍ! -assim que abri os olhos vi Bonnie com a arma apontada para mim. Levantei desesperado e desorientado, pois ainda estava sonolento. -Vamos não temos muito tempo!

-O que tá acontecendo? -perguntei extremamente confuso.

-Você não tem direito à perguntas. Vai anda logo ou será que vou ter que te ajudar a andar mais rápido? -disse apontando a arma para os meus pés.

Eu fui andando na frente, sem saber pra onde ir, quando parava sentia ela apertar a arma em minha coluna e seguimos assim até avistar do lado de fora da casa, um matagal. Havia árvores e muito mato seco. Fazia um calor infernal concerteza passava dos 30 graus. Assim que saimos chegou um carro da cor prata, ela colocou algemas em meu pulso e me mandou entrar no carro, a obedeci.

-Vai Robby ACELERA! -ela disse ao motorista e logo após guardou a arma em seu bolso. Ela direcionou seu olhar para mim. -Acho bom você ficar caladinho ai Ronny. -disse ela e agora seu olhar estava atento à estrada.

Não sabia pra onde estávamos indo. Seguiamos pela estrada e a poeira era muita e dificultava a visão. Logo vi a poeira se abaixar e pude ver que agora estavamos seguindo por uma estrada asfaltada. O tal Robby dirigia tão rápido que se houvesse algum outro carro além desse na estrada possivelmente nos envolveríamos em um acidente. Desviei meu olhar para Bonnie agora ela parecia estar preocupada enquanto teclava no celular com alguém.

-Bonnie o que está acontecendo? -perguntei em quase um sussuro e ela se virou e me encarou. Seus olhos hipnotizantes, agora ela não tinha mas a frieza em seu olhar. Não conseguia parar de encará-los. -O que está acontecendo? -perguntei novamente ao ver que ela não me respondeu. Ela direcionou seu olhar novamente para o celular. E eu continuei a encara-la.

Pela primeira vez desde que a encontrei seu olhar estava diferente, não parecia exatamente ser quem ela era. Na primera vez que a vi seu olhar era misterioso, na verdade ela era de todo misteriosa, depois se tornou fria, mas hoje foi diferente. Eu sentia vontade de olhá-la se pudesse todos os minutos do dia. Isso era diferente de tudo o que já havia sentido.

Depois de algumas horas rodando, percebi que já estava escurecendo. Não tinha idéia de que lugar estávamos mais tinha certeza que já estavamos fora da cidade a muito tempo.

Logo percebi que a velociade estava sendo diminuída, e ví que estavamos entrando na garagem de uma casa. O local estava totalmente escuro iluminado somente pelos faróis. Assim que o carro foi desligado, as luzes foram acesas e a portão da casa foi fechado.

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As coisas não estão muito boas.. Porque acham que eles tiverem que fugir?

Desejo MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora