Capítulo 44

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Prometi a meu pai que tomaria café com ele e assim eu o fiz. Ele passou me buscar e me deu o endereço do hotel que estava hospedado. Ficaria um bom tempo até às coisas serem resolvidas, principalmente com Katherine.
Não foi fácil conversar com Miguel como ele me disse. Miguel parecia não se importar ser mais um Phillips e não ligava para que os outros iria dizer em relação a fofoca que se espalhava rapidamente.

- Aqui. - Ele me passa um papel com número de telefone. - Jonas. Um grande amigo meu. Ele pode ajudar no caso de Christopher. Ou até quem sabe salvar ele.

- Obrigada pai.

Ele me leva ao hospital como eu tinha pedido mas antes tinha me dado uma pequena bronca por ir desafiar Scarlett na altura jogo. Meu rosto estava pouco marcado pela maquiagem que escondia os hematomas. E no pescoço tive que usar um lenço.
Desço do carro.

- Ei! Eu te amo. - Ele diz e retribuo sorrindo.

Bato na porta e entro em silêncio. Não deixo de sorrir ao ver Christopher acordado e bem de aparecia.
O irmão dele se despede e nos deixa.
Me sento na cama e não consigo segurar as lágrimas quando suas mãos segura meu rosto.

- Vai me contar o que está se passando aqui. - Seu dedo bate de leve na minha cabeça.

Mordo o lábio segurando a angústia que sinto no peito. E quando Christopher beija uma lágrima, o abraço chorando. Ficamos assim até que me acalmasse para encara-lo.

- Só me prometa que vai lutar para ficarmos juntos. - Digo entre soluços.

Seus dedos afasta meu cabelo e alisa meu rosto.

- Porque você está chorando?

E então eu conto tudo. A volta de meu pai. Miguel. Minha mãe. Tudo, em cada detalhe. Ele me ouve com cautela e tento não pensar no quanto havia perdido peso nós últimos dias.
Sua reação ao terminar me surpreende ao seu gesto de aconchego. Deito ao seu lado como me pediu, e ao se endireitar geme de dor. Me levanto um pouco pelo susto e ele diz estar tudo bem.

- Tem certeza que não está com dor? - Pergunto.

- Está tudo bem.

Seu sorriso não tinha mais o mesmo brilho como antes. Vê-lo assim, queria muito chorar. Me aproximo de sua boca e ele vira o rosto. Puxo de volta a olhar para mim.

- Não vai querer me beijar agora. Não agora que acabei de tomar as merdas dos remédios.

- Eu não ligo.

Toco seus lábios ao meu antes que proteste de novo. Ele hesitar por um tempo mas me beija. Não estava errado, seu gosto está forte por conta dos remédios. Sua língua parecia mais áspera do que o normal e seus lábios secos. Me arrepio quando seus dedos gelados passa por meu pescoço. Ser beijada por Christopher não poderia ser descrito tamanho a sensação que me causava. Eu amava seu toco, seus beijos, e ainda o amo.
Ficaria assim o resto de minha vida se fosse preciso para tê-lo comigo.
Me afasto com seus olhos ao meu.

- Eu te amo Christopher. - Murmuro.

- Você não existe Deborah Phipps.

Me aconchego seu peito e ficamos assim até ele revelar o motivo das minhas marcas no pescoço.

- Você foi muito atrevida indo sozinha atrás de Scarlett. Sabe disso.

- Eu precisava. Miguel é meu irmão.

- Se eu não estivesse preso a essa cama ela já teria a sua lição do ano. E não pegaria leve, nem por ela ser mulher.

Christopher levantou depois de vinte minutos conversando comigo e correu até o vaso. Tentei ajudar mas eu já deveria saber a essa altura que ele não gostava quando presenciava seus sintomas, então não fique chateada quando bateu a porta do banheiro na minha cara. Sai pra fora do quarto para dar um tempo a ele e encontrei seu irmão conversando com o médico responsável de Christopher. Era claro que não iria embora. Essa noite passaria com o irmão.

- Oi Deborah. - Ele diz após o médico sair.

- Oi.

Fico sem jeito ao vê-lo sem graça, sem saber o que fazer com a minha presença ali. Coçando a cabeça ele diz;

- Não sei se já sabe mas Christopher estará de aniversário daqui duas semanas. - Não consigo esconder o sorriso e ele volta a falar. - Mas me subornou a ficar de boca fechada.

- Falarei que descobri sozinha. Pode deixar.

Ele relaxa e Lisa aparece animada.

- Deborah. Notícias boas.

Vou com ela até o pequeno parque nós fundos do hospital para as crianças e fico ansiosa ao vê-la sorrir sem parar.

- Achei o paradeiro de Charlotte. - Anúncio sem rodeios.

- O que?! Tá falando sério?

- Sim. Estou.

Em semanas de lutas não poderia me fazer parar com a alegria que sentia no momento. Em impulso abraço Lisa que segura as lágrimas.

- Mas e aí? Como ela está está?

- Pesquisei nos registros online de todos os hospitais próximos com consultas e até remédios de pessoas que acabarão de fazer cirurgia de pulmão e a encontrei na primeira e última consulta para avaliação. Fiquei sabendo que a tia dela não levava ao médico como deveria e descobri que a pegarão e mandarão para a adoção da cidade vizinha sob visão de uma prisional da saúde.

Charlotte deveria ir ao médico cerca de três para ter certeza que os remédios não estaria dando negativo e ver como ela está em relação ao novo pulmão. E nem isso a tia da pequena prestou para fazer, sua arrogância não permitiu Charlotte terminar suas consultas aqui e mesmo em outra estado não foi capaz de fazer uma simples tarefa depois de uma grande luta.

- Charlotte foi adotada. - Ela sorri tanto que se alguém nos olhasse nesse momento poderia dizer que ganhamos na loteria. Poderia não ganhar dinheiro, mas tenho certeza que nada poderia pagar o que estávamos sentindo.

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Até a última LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora