Chapter twelve - o paraíso e a zona de guerra

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Música do capítulo - Pillowtalk - Zayn

Julian Castilhos


Tonto. Muito tonto. Meu corpo todo está doendo, como se tivesse sido atropelado por um caminhão. Está muito difícil raciocinar direito, levanto da cama e ando pelo quarto desnorteado. Estou na casa de Félix e nem me lembro de como adormeci aqui. Tenho que parar de beber tanto. 

Minha garganta está seca, mas quero evitar procurar por mais álcool. Tendo isto em mente vou até a cozinha em busca de água. Não sei quantas pessoas mais dormiram aqui no apartamento de Félix, mas tenho certeza de que não estou sozinho.

A água gélida desce como um bálsamo por minha garganta, aliviando a tensão da minha cabeça e do meu corpo ao mesmo tempo. As últimas semanas tem sido loucas e a normalidade é tudo que eu quero neste momento. Depois da minha aventura com Léo e Samanta, meus sentimentos, gostos e predileções ficaram mais confusos do que nunca. 

Às vezes me pego pensando naquela noite, relembrando o quão chapado eu estava, e como pude ceder às investidas de Samanta depois de tanto tempo negando à ela algo mais do que alguma companhia. Talvez foi algo que colocaram na minha bebida? Daqueles dois ali espero qualquer coisa. Só que foi mais forte do que eu, aquela libido incontrolável subindo em minhas veias.

A garota loira estava me provocando durante a noite inteira, como sempre. Mas desta vez, em algum ponto da festa, Léo juntou-se à ela nas provocações. No começo eu pensei que seria algum tipo de piada interna entre eles, mas mudei de ideia quando os dois se aproximaram e começaram a me fazer propostas indecentes. 

Saibam que quando se está sozinho há muito tempo é complicado a solidão te dar uma trégua. Já nem me lembrava mais qual era a sensação de ter alguém tão perto, tão próximo, dentro do meu limite confortável, invadindo a minha zona de conforto. A diaba loira era linda e muito gostosa não posso negar, assim como o ruivo. Era praticamente impossível resistir.

Não haviam mais convidados na festa, quando dei por mim éramos os últimos naquele lugar. Samanta me guiou até o enorme sofá da sala, e tendo conseguido a minha atenção, ela me atacou ferozmente com um beijo de língua, do qual não consegui escapar. E uma coisa levou a outra, os beijos de Léo também me deixaram surpreso, assim como a iniciativa dos dois em me despir. Claro que alguém poderia nos pegar, mas foda-se. Queria e necessitava de algo para saciar os meus desejos. 

Léo e eu usamos Samanta, ao mesmo tempo, enquanto ela gemia como a vadia que ela é. Seu ânus era apertado, mas muito gostoso, e era a primeira vez que participava de um trisal, acredite se quiser. Sempre pensei que amava a monogamia, ou pelo menos, ter um de cada vez, mas estas sensações novas que experimentava com Léo e Samanta me fizeram repensar vários gostos meus. Foi como se até agora um lado estivesse adormecido e finalmente fui acordado para uma realidade diferente e totalmente excitante. 

Senti o corpo malhado de Léo, ele sentiu o meu, e Samanta se marturbava ao lado, nos observando. A loira sentiu nosso gosto, e sentimos o dela. Como havia dito foi uma troca mútua entre os três. No final das contas saí satisfeito, gozando no cú de Samanta, urrando palavras desconexas e exausto demais para proferir qualquer frase. 

O resto da noite foi um borrão, e o que aconteceu depois todos já sabem. O fato é que o menage mudou a minha vida de uma certa forma. Com ele percebi o que não quero e o que quero a partir de agora. Talvez eu sempre soubesse o que queria, mas admitir nunca foi algo fácil para mim. 

Eu só quero ser amado. E poder corresponder na mesma intensidade de sentimentos.

Chega de relações vazias. Chega de usar pessoas e álcool para preencher meu vazio. A partir de hoje sou um novo Julian. E este novo Julian não quer mais ser aquele porra louca inconsequente. 

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