Chapter five - Um jogo de amor e ódio

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Música do capítulo: Love on the brain - Rihanna

Romana Rivera

Tento entender o que está acontecendo comigo. Obviamente sem sucesso algum. Não há como entender o que se passa na minha cabeça, e muito menos no meu coração. Tudo parece uma confusão de sentimentos loucos que se misturam toda vez que estou com ele. As coisas que me desperta, os sentimentos sem denominação e sem rótulo, as sensações de estar no céu e no inferno ao mesmo tempo. Somente Félix Spielman me faz sentir. Somente aquele idiota presunçoso tem esse poder sobre mim. Um poder que não dei permissão à ele para ter. E mesmo assim ele tem sem sequer saber.

O que nós temos feito nesta semana? O que é isso que estamos vivendo em segredo? Nenhum de nossos amigos sabe de nosso pequeno caso e quero que continue desse jeito. Quanto menos pessoas souberem sobre nós, menos interferência no que sabe-se-la o que estamos fazendo. Não queremos dar um nome na verdade. Até porque não é nada demais, apenas sexo. Um sexo incrivelmente gostoso com um amigo mais gostoso ainda. Não há o que dizer além disso.

Bom, talvez deva acrescentar que nos vimos todos os dias desde a nossa transa na faculdade? Sim é algo a se compartilhar. O que mais posso dizer além do óbvio? Félix é grande, em todos os sentidos da palavra. Se me sinto desconfortável com a nossa diferença de tamanho? De forma alguma. Isso até me excita demais. O jeito que ele me pega faz meu corpo todo amolecer em seus braços. É insano como estou viciada em descobrir mais e mais sobre seu corpo, sobre como fazê-lo louco e sobre como lhe dar prazer. Estou descobrindo com ele um lado meu que não conhecia, ou digamos, não explorava muito. O meu lado submissa.

Eu sempre amei estar no controle de tudo. Amo ser o centro das atenções, dar ordens, designar empregados. Amo ter o poder de comandar nas minhas mãos. Sinto uma constante necessidade de ser a líder, liderar para mim é algo natural. Mas quando estou com Félix, o tiro sai pela culatra e me torno o completo oposto disso. Quando Félix me beija, me rendo totalmente à ele, deixando que me guie por mares inexplorados. Quando ele puxa meu cabelo e chupa meu pescoço, viro uma manteiga em frigideira, derretendo em um prazer indescritível. E quando resolve bater em minha bunda na hora da transa fico tão molhada quanto água corrente em cachoeira. É surreal. Este lado meu que permite ser desejada, devorada. Sem falar do oral maravilhoso que Félix faz. Seu talento com a língua é impecável, ele sabe usá-la muito bem por sinal.

Já se passou uma semana e daqui a algumas horas fiquei de encontrá-lo na suíte presidencial do Spielman Hotel. Isto mesmo. A família Spielman é dona de uma rede de hotéis de luxo, e Félix é o único herdeiro. Não me levem a mal, nossos assuntos não envolvem o dinheiro de sua família até por que não preciso dele. Minha família é tão rica ou mais que a dele, e não tenho interesse nenhum em um golpe do baú. Aliás isso é tão cafona nos dias de hoje...

Miranda e Paola estão comigo agora em meu quarto. E é claro que perceberam meu sumiço desta semana. E é claro que estou dando mil desculpas esfarrapadas para meus encontros com Félix não serem descobertos. E também é claro que as desculpas estão se esgotando.

"Romana querida, você vai sair?" Miranda me pergunta, vendo que estou no closet procurando por algo para vestir.

A verdade é que queria um vestido sexy para provocar Félix mas com as duas aqui tenho que acalmar meus ânimos.

"Mais tarde, por quê?" Tento soar o mais natural possível.

"Onde vai hoje? Você sai todos os dias agora..." Paola diz, a sobrancelha levantada.

"Eu...tenho um encontro..." Digo, o que não deixa de ser verdade.

"Ah é? E com quem?" Miranda insiste, e não posso fazer mais nada.

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