Chapter tirthy five - consequências

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Música do capítulo: no tears left to cry

Romana Rivera



Félix ligava para a ambulância, enquanto eu tentava acordar Samanta a todo custo. Segurei seu braço, medindo sua pulsação, não sentia nada. Aproximei-me de seu rosto pálido, querendo verificar sua respiração. A loira respirava, mas era com muita dificuldade.

"Ela está viva ainda Félix! Está respirando!" Fiquei aliviada com a constatação.

Afinal de contas que tipo de mostro eu seria se desejasse a morte de Samanta agora? Depois de toda as coisas perturbadoras que ela me contou, de todo o sofrimento, meu peito só sentia pena da garota.

Em minutos os enfermeiros bateram à porta de Félix, já precavidos com todo o material necessário para transporta-la ate o hospital. Samanta não acordou durante todo o caminho. Fui com ela na ambulância para acompanhar e Félix nos seguiu em seu carro.

Os paramédicos me perguntaram sobre a família dela, se tínhamos parentesco, se eu podeira informar como contata-los. Infelizmente não tinha o número dos pais dela, somente de seu meio irmão. A última pessoa com quem eu queria ter qualquer tipo de contato. Mas como era caso de vida ou morte, tive que informar o número do celular de Leonardo, contra a minha vontade óbvio.

Finalmente já no hospital, os paramédicos levaram Samanta para a sala de cirurgia, tentando uma reanimação. Lógico que não pude entrar, então fiquei na sala de espera, sem notícias dela. Neste meio tempo liguei para Miranda e avisei do ocorrido, estava muito nervosa com toda a situação. Mesmo que insistisse que a ruiva não viesse, ela fazia questão de estar ao meu lado.

"Você está bem?" Era Félix, que vinha correndo em minha direção, me puxando para um abraço apertado.

"Eu não sei nada dela, eles não aparecem com notícias..." Toda essa agonia me deixava exausta.

"Avisei o Julian. Ele mereceria saber." O loiro me informou.

"E ele? O que ele disse?" Saber como Julian se sentia com isso tudo era o que eu mais queria, depois de ouvir que Samanta está bem.

"Está vindo para cá. Ele ficou desesperado claro!" Félix respondeu, agora nós dois já sentados no pequeno sofá da sala de espera.

"Não tiro a razão dele! É demais para processar!" Enquanto meus nervos não me ajudavam, pelo menos Félix conseguia o impossível.

Minha cabeça estava encostada em seus ombros largos, e suas mãos enormes cobriam as minhas, aquecendo-as.

"Samanta é forte, ela vai sobreviver Rom, não se preocupe..." Félix me encarou. "Vai dar tudo certo!" Toda vez que meu namorado me dizia isso, sentia como se realmente todas as coisas fossem se resolver.

Quem me dera fosse tão simples assim.

"Onde está ela? Como ela está???" Era Julian, o olhar preocupado e a voz mais ainda.

Diferente daquele Julian que vi ontem à noite.

"Ela está no centro cirúrgico, não sabemos mais do que isso." Félix respondeu, mas parece que de nada adiantou.

"Merda! Merda! Foi tudo minha culpa! Se eu tivesse atendido as chamadas! Se tivesse ido encontra-la...merda!" A visão daquele rapaz alegre e descontraído desapareceu completamente.

A cena que Félix e eu presenciavamos era desoladora. Julian sentou-se em uma poltrona vaga, abaixou a cabeça e ficou em silêncio por vários minutos. Eu não sabia o que dizer. Muito menos Félix.

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