fly away

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oiee, tudo bem com vocês?
sejam muitíssimo bem-vindxs à let's hit the fucking road and never look back, essa fanfic de nome gigante aquikkk
é a minha primeira hyunin (sz) e a minha primeira long postada, então eu tô tipo, muito, muito nervosakkk
se vocês puderem deixar um votinho e comentar, eu ia ficar muito feliz, obrigada
de resto, boa leitura!


Hyunjin não tirava os olhos do motor daquela caminhonete capenga, a pintura preta quase sumindo por completo. Jeongin, por sua vez, não tirava os olhos de Hyunjin, ou Sam, ou Sammy, como era conhecido na vizinhança.

Ele soltou uma praga e deu uma pancada no motor. O ronco fez um sorriso aparecer na boca vermelha, o piercing prateado no lábio inferior refletindo a luz do Sol. Fazia um calor desgraçado naquele dia, e o suor escorria por todo o corpo de Hyunjin. Tomaria um banho bem gelado, e quem sabe uma cervejinha mais tarde.

— Que é que você vai fazer com essa caminhonete, hein?

Virou-se para a figura baixinha, cruzou os braços e sorriu.

— Vou vazar.

— E vai pra onde?

— Sei lá, vou embora. Cruzar o país, vou pra longe, bem, bem longe. Pegar a estrada e torcer para não parar tão cedo.

— Ah, é? Parece bom, Sammy.

— Sammy?

— Ouvi te chamarem assim, tô errado?

— Errado num tá. Me chamam de Sam, ou Sammy, desde que eu sou pirralho, mas meu nome é Hyunjin. As pessoas têm uma certa dificuldade pra pronunciar, e eu acabei escolhendo ser chamado de Sam na escola, pra evitar bullying, sabe?

— Claro, claro.

— Gosto de Sam, mas às vezes esqueço que sou o Hyunjin. Sei lá.

Deu de ombros.

— Também esqueço quem eu sou de vez em quando. Tem dias que eu levanto e não sei quem está refletido no meu espelho.

— Ufa, achei que só eu tinha crises existenciais gratuitamente.

Silêncio.

— Há quanto tempo vem pensando nisso? Em ir embora, digo?

— Desde os dezesseis. Sempre fui louco pra vazar. Detesto esse lugar. Essa cidade apertada, não tenho um segundo de paz. Me sinto no meio do nada.

— Entendo. Acho que compartilho do mesmo sentimento. Quem me dera poder ir embora.

— E por que você não pode?

— Não tenho carro, não tenho carteira de motorista, não tenho grana, não tenho nada. Sou um nada. Não tenho nem onde cair morto.

Sam sorriu.

— A caminhonete tem banco de passageiro, caso você esteja interessado.

— Interessado em me meter a atravessar o país com um desconhecido?

— Moramos na mesma rua há anos, não sou um desconhecido, Jack Yang. Mas você que sabe. Vou embora amanhã cedo, se você tiver interesse.

Silêncio.

— Vou considerar.

— Oito da manhã eu pretendo meter o pé na estrada, tá?

— Vou considerar, Sammy, vou considerar.

let's hit the fucking road and never look back Onde histórias criam vida. Descubra agora