oieee, tudo bem com vocês??
bom, seguinte: a fanfic completou 4 meses ontem!! tô super feliz, gente, obrigada por tudo
enfim, eu queria fazer algo pra comemorar, sabe, mas não tenho a menor ideia do quê, então se vocês pudessem deixar sugestões aqui seria massa
deixem votos e comentários!
no mais, boa leitura!!Devido à chuva, que ainda não tinha acabado, a estrada travou quase que completamente. Hyunjin e Jeongin se viram presos em um trânsito de outro mundo, e não sabiam quando iriam encontrar uma pousada. Sam já estava ficando com fome; era para terem parado para almoçar há horas, mas não conseguiram achar nada nos poucos quilômetros que percorreram.
— Você sabe o nome dessa música? Eu gostei dela.
— É Under The Bridge, do Red Hot Chili Peppers. É meio que a sua cara.
— Você gosta?
— Eu adoro Red Hot, Yang. É a minha banda favorita.
— Sério? Pensei que seria alguma coisa tipo AC/DC ou Guns N' Roses.
— Eu adoro as duas, e AC/DC é de fato uma das bandas que eu mais escuto, mas Red Hot tem um lugarzinho especial no meu coração, sabe? Sei lá.
— Por quê?
— Você tá falante hoje, hein, Yang?
— Acho que nós chegamos num nível de intimidade que me permite agir assim. Pelo menos eu cheguei, você eu não sei.
— Ah, é? E por quê?
— Você não fala de você mesmo, Sammy.
— Disse Jack Yang.
— Qual é, Sammy, depois de tudo que eu te falei no quarto você não pode me dizer isso.
Hyunjin ficou quieto.
— Tá legal, você venceu. O que você quer saber?
— Por que Red Hot Chili Peppers tem um lugar especial no seu coração?
— Eu ouvi muito durante a minha adolescência, sabe? E tipo, Red Hot é muito banda de road trip, eles até têm uma música sobre isso, e aí eu comecei a pensar em meter o pé, né, e veio muito a calhar. Virou meio que a minha trilha sonora.
— Entendi.
— Só isso?
— Bom, depende. Você tá disposto a me responder?
— Acho que eu te devo uma, né?
Jack concordou com a cabeça.
— Tudo bem, então. Por que diabos você precisou consertar a caminhonete cinco vezes?
— Sabia que você ia fazer essa pergunta.
— Então me responde, ué.
— Como eu disse, da primeira vez eu consertei tudo errado. Ainda tava aprendendo a lidar com ela e tal, e não demorou muito pra dar pau. Mas aí eu me toquei que, se eu realmente pretendia ir embora, então eu precisava de dinheiro. E ser barman não tava dando muita grana, não. Principalmente porque eu tinha que pagar o aluguel e umas contas do hospital.
— Do hospital?
— É, do hospital.
— Por quê?
— Uma pergunta de cada vez, Yang.
Jeongin revirou os olhos.
— E foi aí que eu conheci o Chris. Ele tava procurando alguém para dividir apartamento e eu tava querendo dar uma aliviada nos meus gastos, então nós juntamos o útil ao agradável e fomos morar juntos. O Chris, naquela época, tava namorando uma menina chamada Lisa, e a Lisa era amiga de uma menina chamada Jennie, e eu acabei conhecendo ela por meio do Chris.
— Espera, a Jennie Kim?
— Essa daí.
— Ela tá presa!
— Pois é, né?
— Espera aí. Ela tinha uma gangue, não tinha? A Jennie Kim? Não foi por isso que ela foi presa?
— Precisamente.
— Por que você tá sorrindo? Pera... Calma, você...?
— Parece que alguém tá começando a juntar os pontinhos.
Jack estava surpreso, e Hyunjin riu.
— Bom, a galera da Jennie fazia um montão de coisas, sabe, mas o que mais dava grana eram os rachas, porque tinha muita gente que apostava e apostava razoavelmente alto. Aí eu pensei, "eu tenho um carro, preciso de dinheiro e sou até que um bom motorista". Foi nesse momento que eu decidi trabalhar pra Jennie, e fiz aquela tatuagem.
— A tatuagem é uma coisa obrigatória?
— É uma espécie de rito de passagem. Claro, pra entrar numa gangue você tem que fazer algumas outras coisas, mas enfim. De qualquer maneira, eu era um corredor até que bom, sabe? Mas, claro, sofri alguns acidentes no caminho e, por causa disso, precisei consertar o carro outras quatro vezes. Eu comecei a fazer mais tatuagens, também. Em parte porque eu achava legal, em parte porque eu achava que ia morrer jovem e não queria perder tempo e em parte pra cobrir as cicatrizes das vezes que eu acabei me machucando.
— Wow, então você era um gângster de respeito.
— É, pode-se dizer que sim.
— E como você disse que não queria mais?
— Eu não disse. A Jennie foi presa, a polícia foi atrás de quem era mais ligado a ela e eu aproveite a deixa pra meter o pé.
— Ah. Decisão inteligente, Sammy.
— Obrigado.
Silêncio.
— E as contas do hospital?
— Meu pai tava internado. Câncer, sabe? Ele fumava muito. Ele morreu faz uns seis meses, mais ou menos. Ele já tava mal fazia muito tempo, Yang.
— Por isso que você demorou tanto, né?
Hyunjin concordou com a cabeça, um sorriso triste nos lábios.
— Eu não podia largar ele. No fundo, mesmo que eu quisesse muito, muito mesmo ir embora, eu esperava que só conseguisse lá com uns quarenta anos, sabe? Porque isso ia significar que o meu velho tava vivo e bem, e que o pior já tinha passado. Mas ele morreu.
Silêncio.
— Meus pêsames, Sammy.
Sam deu um sorrisinho de canto, ainda sem falar nada.
— Acho que é isso, Yang. Não tenho mais nada de interessante pra te contar.
— Foi bom a gente falar essas coisas, né? Eu acho, pelo menos. Fez com que eu me sentisse mais leve, sabe?
Dessa vez Hyunjin exibiu um sorriso verdadeiro.
— Eu fico feliz de ouvir isso, Yang, de verdade.
Silêncio.
— Ei, Sammy.
— Oi.
— Eu tô com fome.
Eles riram.
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let's hit the fucking road and never look back
Fanfiction[escrita entre 2019 e 2020] O ano é 2006. Hyunjin não aguenta mais aquela cidade minúscula em que está preso, um cantinho esquecido dos Estados Unidos. Ele não tem nada a perder, apenas a ganhar, quando decide entrar na sua amada caminhonete preta e...