let's hit the fucking road and never look back

t.n.t.

oieee, como vocês tão?
eu tô bem cansandakkkkk mas vamo que vamo
deixem votos e comentários, por favor <3
boa leitura!!

Era início de tarde quando estacionaram em uma lanchonete que parecia ter vindo diretamente dos anos 50. Um vento frio arrepiou os cabelos de Jeongin, e ele deu graças à Deus, porque não suportava mais aquele dia infernalmente quente.

Sentaram-se em uma mesinha espremida no fundo da lanchonete, que estava lotada. Hyunjin passou tempo demais de olho da garçonete de cabelos pintados de um vermelho desbotado, e Jack sentiu uma gigantesca vontade de revirar os olhos de novo; ele era tão previsível. Um típico rebelde americano, e Jeongin achava muita graça naquilo.

— Caramba, eu tô morrendo de fome, e você?

— Ah, eu tô bem. Comi bastante daquelas batatinhas, sabe?

— Faz sentido. Mas, nossa, esse cheiro tá uma delícia. Me faz lembrar do Nick's. Acho que é a única coisa que eu vou sentir saudades.

— A lanchonete da rua de cima?

— Essa mesma, Yang. Nossa, eu adorava aquele lugar. Eles tinham o melhor cachorro-quente do mundo, cara. Me dá água na boca só de pensar.

— Eu não costumava ir muito. Mas eu lembro que fui uma vez com uns amigos, e pedi um milkshake de cereja. Aquele milkshake, Sammy, foi memorável. Se eu me esforçar o suficiente, ainda sinto o gostinho de cereja na boca.

Sam sorriu e concordou com a cabeça.

— É, os milkshakes do Nick eram animais. Você chegou a experimentar o de flocos?

— Não. É bom?

— É divino, Yang. Coisa de outro mundo.

A garçonete de cabelo vermelho parou para anotar os pedidos, e Hyunjin dirigiu uma piscadela que deixou o rosto da garota mais escuro do que seus fios pintados.

— De que adianta flertar com ela, Sammy? Não é como se fosse resultar em alguma coisa.

Ele deu de ombros.

— Sei lá, força do hábito.

Não conversaram durante o almoço. Jeongin se descobriu com mais fome do que imaginava e, assim como Sam, terminou o hambúrguer com uma rapidez considerável. Pagaram pela comida e Hyunjin deu uma última olhada nada discreta na garçonete. Jack revirou os olhos previsivelmente.

Devia ser em torno de três e meia da tarde quando voltaram para a estrada. A temperatura tinha amenizado um pouco, mas a última garrafa de água estava quente. Não havia muito o que se fazer, porém foi inevitável para Jeongin fazer uma careta de desagrado ao beber o líquido aquecido.

A música que tocava no rádio não era conhecida por nenhum dos dois, então Sam tornou a enfiar a mão no porta luvas e tirou de lá um CD.

— Infelizmente para você, essa seleção foi feita pela minha pessoa, então você vai ter que lidar com meu gosto musical.

— Devo ter medo?

— Olha, sendo bem sincero, eu acho meu gosto musical ótimo. Mas, sei lá, né, você gosta de The Velvet Underground.

— Que é uma ótima banda.

— Que faz com que você queira cortar os pulsos. Aposto que você também curte Joy Division. E The Smiths. E The Cure. Tô errado?

Jack suspirou, vencido.

— Sabia!

— Parabéns, gênio. E você com toda a certeza adora AC/DC.

— Você já sabia disso, Yang.

— Tanto faz, é a sua cara.

Hyunjin sorria, e logo o riff inicial de Sweet Child O' Mine preencheu a caminhonete.

— Guns, claro. Bem o seu tipinho.

— Eu tô com a leve impressão de que você tá debochando de mim, Yang.

— Olha só. Você não é tão burro quanto aparenta, hein, Sammy?

Um sorrisinho sarcástico brincava nos lábios de Jeongin, e Sam decidiu levar a provocação na brincadeira.

— Assim você machuca meus sentimentos, Yang.

— E você lá tem sentimentos?

Hyunjin franziu o cenho e virou-se para o outro garoto.

— Que tipo de pergunta é essa?

Ele deu de ombros, os olhos perdidos na estrada.

— Sei lá. Você parece o tipo de pessoa que não se importa muito com nada.

— Você não me conhece, Yang.

O único som presente era o do rádio e dos pneus correndo pelo asfalto.