oh! sweet nuthin'

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oieee, tudo bem com vocês?
quase esqueci do capítulo de hoje gente, que absurdo
enfim
votem e comentem, por favor
boa leitura!



Ficaram em silêncio por muito tempo, o CD de Hyunjin tocando por minutos e mais minutos. Jeongin não sabia se deveria pedir desculpas; não imaginava que Sam fosse se ofender e fazer uma greve de silêncio. E aquilo era extremamente desconfortável, porque dividiam um mesmo carro — o de Hyunjin — e Jack podia ser chutado para fora a qualquer momento. E o que faria depois disso?

Parando para pensar, não havia sido uma decisão muito inteligente aquela que tomou. Ele tinha dinheiro para mais alguns dias, mas e aí? Se fixaria em uma cidade desconhecida? Voltaria aos velhos tempos? Jeongin não queria aquilo de maneira alguma.

Já eram quase seis da tarde, e nenhum dos dois se pronunciava desde a "discussão" que tiveram. Sam tinha os olhos fixos na estrada, sem se mover. Parecia decidido a se manter quieto, e Jack, que geralmente gostava do silêncio, estava começando a se sentir mal.

— Sam. Sammy.

— Que foi?

— Desculpa por antes. Eu, bom, eu não imaginei que iria te chatear.

— Eu só queria entender por que é que você me atacou gratuitamente, Yang, só isso.

— Não parecia um ataque na minha cabeça. Sei lá. Acho que eu não pensei muito antes de falar, só... saiu, sabe?

Hyunjin manteve os olhos na estrada.

— Bom, então acho que é melhor você começar a pensar antes de falar. Às vezes a gente não tem dimensão das nossas palavras, mas o que parece inofensivo pra gente pode acabar machucando muito outra pessoa.

— Desculpa de novo.

Ele suspirou e exibiu um meio sorriso.

— Tudo bem.

Silêncio.

— Acho melhor a gente parar daqui a pouco. Deve ter uma pousada por aqui, espero.

— Uhum.

— Você tem grana?

— Por incrível que pareça, sim.

Foi aproximadamente sete e quarenta da noite que a caminhonete preta estacionou em uma pousadinha digna de filme hollywoodiano. Cada um saiu com sua mochila no ombro; a recepção estava até que cheinha, mas conseguiram um quarto com duas camas de solteiro para passar a noite.

Sam foi tomar banho primeiro, deixando Jeongin sozinho com uma vista para o estacionamento da pousada. Ele suspirou, observando os restos do pôr-do-Sol sumirem e darem espaço à uma noite de Lua minguante. Abriu a janela, puxou um cigarro do bolso e o isqueiro e ficou vendo a fumaça se dispersar por entre o ar abafado da noite. Ele torcia para que a temperatura baixasse durante a noite, ou não conseguiria dormir, já que o quarto não tinha ventilador. Não que ele esperasse uma boa noite de sono, de qualquer forma.

Hyunjin voltou do banheiro vestido, e jogou-se nos lençóis, soltando um murmuro de contentamento quando as costas relaxaram no colchão.

— Acho que vou pegar alguma coisa pra gente comer enquanto você toma banho, Yang.

— É? Onde?

— Tem uma lojinha de conveniência aqui do lado. Alguma preferência?

Jack tirou uns trocados do outro bolso da calça e os jogou para Sam.

— O que der para comprar com isso aqui. Ah, e sem amendoim, eu sou alérgico.

Hyunjin voltou com uns sanduíches frios, uma cerveja e um pacote de balas. Sentaram-se no chão de madeira, o vento bagunçando ligeiramente o lençol de Jeongin. Sam alternava entre uma mordida do sanduíche e um gole da cerveja, e nesse clima até que calmo eles terminaram de jantar. Racharam o pacote de balas em completo silêncio, escovaram os dentes e deitaram-se cada um na sua cama.

— Deixa a janela aberta.

— Eu já ia fazer isso, Sammy. Tá quente demais.

Silêncio.

— Parece loucura, né?

— O quê?

— O que nós estamos fazendo. Pelo menos pra mim.

— Você é certinho demais, Yang.

Jack soltou uma gargalhada alta o suficiente para que Hyunjin se virasse confuso em direção a ele.

— Qual é a graça?

— Ai, ai...

— Yang, tô falando contigo.

Jeongin riu mais um pouquinho.

— Você é a graça, Sammy.

— Eu? Por quê?

— Me chamou de certinho, ai, ai...

— E que que tem?

— Você nem imagina, Sammy, nem imagina.

Sam passou mais tempo acordado pensando nas palavras de Jack do que achava recomendável, mas acabou pegando no sono em um dado momento. Jeongin, por sua vez, não parava de olhar a Lua, brilhante lá no céu, sem conseguir dormir. Pensava se um dia teria paz, ou se teria que fugir para sempre.

let's hit the fucking road and never look back Onde histórias criam vida. Descubra agora