oieee, como vocês tão??
só queria dizer que eu publiquei uma one-shot nova, de (g)i-dle, chamada "a espectroscopia do meu coração", e que ela é super fofinha e eu iria adorar se vocês lessem
deixem votinhos e comentários ;)
boa leitura!!No final da tarde, Jeongin acabou pegando no sono. A semana havia sido exaustiva, e por algum motivo sua insônia estava muito pior. Ele passava a maior parte das noites em claro, sem fazer nada, só olhando para o teto, e estava acabado. Assim, sua cabeça acabou caindo para o lado e Hyunjin se viu com Sex Pistols como única companhia.
Sam surrupiou um dos cigarros do novo maço de Jack — ele sempre tinha um maço no bolso, sempre — e puxou o isqueiro.
— Preciso comprar um outro, o fluído tá acabando.
Com os olhos presos na estrada, se perguntava onde é que iria parar agora. Não isso, mas também até quando continuaria com aquilo. E o que faria depois? Hyunjin não tinha planos de voltar; deixara bem claro para Chris que ele podia fazer o que bem entendesse com o apartamento, porque ele não pretendia retornar para lá. Mas não sabia o que fazer, e detestava aquilo. Detestava sentir que a situação estava fugindo do controle, porque, caramba, aquele era o seu sonho de juventude e Sam finalmente tinha conseguido realiza-lo.
Claro, quando pensou naquilo tudo, na sua road trip, Jeongin não fazia parte dos planos. Inclusive, quando ofereceu o espaço na caminhonete, não imaginava que Jack fosse aceitar a proposta. Pensava que ele era muito mais pé no chão e que nunca se atreveria a se meter no meio da estrada consigo. Mas lá estava ele, dirigindo, com Jack Yang adormecido no banco do carona.
Quando Jeongin acordou, o Sol estava se pondo e a paisagem toda havia sido pintada de laranja.
— Queria ter uma câmera, isso daria uma foto ótima.
— A gente pode tentar achar uma, seria legal. É uma viagem da qual eu quero lembrar.
— Uma daquelas instantâneas, sabe? Uma polaroid, aí a gente podia rachar as fotos, hein, Sammy?
— Eu acho uma ótima ideia, quando a gente parar na próxima cidade a gente tenta arranjar a câmera.
— Boa.
Silêncio.
— Acho que o fim da tarde é a parte do dia que eu mais gosto, sabia?
— Ah, é?
— Uhum. É sempre tão agradável, sei lá. Me dá uma vibe gostosa, sabe?
— Sei, sei. Eu prefiro a noite, sou um cara noturno.
— Tipo uma coruja.
Hyunjin franziu o cenho, meio sorrindo, meio confuso.
— É uma analogia esquisita, essa sua, Yang.
— Bom, as corujas são bichos de hábitos noturnos. Você prefere a noite. Eu só juntei A com B.
— Se você diz... Pra mim não fez o menor sentido.
Jack deu de ombros.
— Nem tudo na vida faz sentido, né? E a gente tem que aceitar isso, aceitar que as vezes as coisas não têm uma lógica definida.
— Você é um cara que curte ter controle, né, Yang?
— É, acho que sim.
Silêncio.
— Você tá com cara de quem tá pensando em alguma coisa, Sammy. Que foi?
— É só um palpite bobo, nada demais.
— Fala, ué. Agora eu fiquei curioso.
— Tá bom, eu falo. Só promete que não vai ficar bravo.
Eles se encararam, uma das sobrancelhas de Jeongin levemente arqueada.
— Tá legal, né... Não vou ficar bravo.
— Promete?
— Prometo.
— Eu acho que você é controlador porque já perdeu o controle demais no passado, e acabou ficando traumatizado. Então você precisa que tudo aconteça do jeito que você planejou ou você entra em desespero.
Jack desviou o olhar.
— Com base em que você chegou à essa conclusão?
— Só te analisei por tempo suficiente. Você sempre se esquiva de perguntas objetivas demais ou pessoais demais, e é claramente ansioso. Você não dorme, fuma que nem sei lá o quê e tem as unhas todas roídas. Você precisa saber onde tá se metendo, e vir pra esse carro comigo foi um grande ato inconsequente seu, e você sabe disso. Tá sempre pensando nisso, mas você não aguentava mais ficar parado. Acho que você sente falta de ser um adolescente idiota, Yang.
Jeongin soltou uma risada.
— Você é bem mais inteligente do que aparenta, né, Sammy?
— Eu só finjo ser superficial, Yang. Se você não me deixa te conhecer direito, então eu vou fazer a mesmíssima coisa.
Silêncio.
Quando a noite finalmente caiu, Jack voltou a se pronunciar.
— Eu não quero que acabe. A viagem, digo.
— Nem eu. Se pudesse, passaria a vida toda dentro de um carro, dirigindo. É o meu lugar.
Silêncio.
— Acho que eu tô gostando mais do que deveria.
Hyunjin não perguntou do quê.
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let's hit the fucking road and never look back
Fanfiction[escrita entre 2019 e 2020] O ano é 2006. Hyunjin não aguenta mais aquela cidade minúscula em que está preso, um cantinho esquecido dos Estados Unidos. Ele não tem nada a perder, apenas a ganhar, quando decide entrar na sua amada caminhonete preta e...