good riddance (time of your life)

254 44 59
                                    

oieee, como vocês tão??
então, antes de tudo, eu queria agradecer pelo super engajamento que essa fic tá tendo, os comentários fazem meu dia, juro. muito obrigada <3
segundo: eu me empolguei muito com LHFR (não aguento ficar escrevendo o nome dessa porra o tempo todo) e fiz algumas playlists pra elakkkk. tem uma que é a playlist geral da fanfic, outra que é do sammy e uma terceira que é do yang. vou deixar os links no meu perfil, pro caso de vocês quiserem escutar
votem e comentem, por favor!
boa leitura!!


Já estavam na estrada há horas, a tarde se passando por entre as pequenas paradas que faziam para comer, ir ao banheiro e coisas assim. O clima estava agradável, e cada vez mais nuvens apareciam para cobrir o dia ensolarado. Jeongin agradecia; se sentia mais refrescado daquele jeito.

— Parece que vai chover.

Ele olhou para a direção que Hyunjin apontava, onde um aglomerado de nuvens cinzas estava se formando.

— Ainda bem. Quem sabe dá uma esfriada mais tarde.

— Jack Yang, o cara que abomina o verão, ataca novamente.

— Inverno é muito mais agradável, Sammy.

— Ah, não, nem vem. Detesto o inverno. Tem que ficar usando um monte de camadas de roupa, e se você sai de casa morre congelado. Deus me livre.

— Você acredita em Deus, Sammy?

Silêncio.

— Acho que sim. Quer dizer, não dá pra achar explicação pra tudo, né? E Deus é como um porto seguro, sabe?

— Não.

— É como uma esperança que você sempre pode contar, Yang. Ter fé meio que te ajuda a passar pelas fases difíceis da vida, alivia um pouco a dor. É o que o meu velho sempre me dizia. Ele não era muito religioso, mas tinha o costume de rezar. E tava sempre com um terço pendurado no pescoço. Acho que peguei isso dele, sei lá.

— Entendi. É, até que faz sentido, mas, sei lá, não consigo ter fé em alguma coisa. Me parece muito sobrenatural, sabe? Gosto das coisas mais palpáveis. Metafísico não é pra mim.

— Eu costumo entrar nessa discussão comigo mesmo às vezes. Minha avó era muito religiosa, católica de carteirinha, vivia na igreja. E ela dizia que a gente tinha que respeitar Deus, e que Ele era bondoso e tal. Agradecer à Deus pelas coisas boas que ele provinha pra gente. Mas eu nunca caí muito nessa não.

— Como assim?

— Ah, tipo, se Deus é bondoso e superpoderoso e tudo mais, por que ele não evitou as guerras? O holocausto? As ditaduras?

— Eu também fico pensando nisso. Essa história de Deus só não me desce. Me disseram que se eu contasse com Deus eu nunca estaria sozinho, mas a minha vida toda eu me senti abandonado. A minha vida toda eu, bom, eu meio que estive na sarjeta, sabe? Aí fica difícil acreditar em Deus. Ele não fez nada pra mim, como é que vou acreditar nele? Como eu vou confiar num cara desses?

— Não sei se Deus tem tempo pra ficar administrando a vida de todo mundo, Yang.

— Mas ele não era onipresente?

— Mas aí é o Deus cristão, acho. Existem diversos Deus. Cada pessoa acha o seu.

— E qual é o seu Deus, Sammy?

Sam parou para pensar.

— Acho que Deus é como uma força, sabe? Que ajudou o Big Bang a explodir, e os átomos a se formarem. Não acho que ele seja alcançável, não acho que dê para conversar com ele, racionalmente falando. Mas na hora do aperto, acho que por causa da minha criação, eu sempre me vejo apelando pra Deus. E é reconfortante. Não sei explicar melhor do que isso. Deus me faz pensar na minha família, e isso meio que me traz paz.

— Gostei do seu Deus, Sammy. Quem sabe um dia eu acho o meu.

Silêncio.

— Yang.

— Ãn?

— Quantos anos você tem, cara?

— Vinte e um.

— Ah, ufa. Pensei que eu tava viajando com um menor de idade, isso poderia complicar bastante a gente.

— Relaxa, daqui a pouco eu vou fazer vinte e dois, então tá tranquilo. E você, Sammy?

— Vinte e três.

— Pera. Então você demorou sete anos pra realizar o seu sonho de meter o pé na estrada?

— É.

— Caraca, Sammy, é muito tempo.

— Eu tive alguns empecilhos nesses sete anos. Além disso, só tô com a caminhonete há três anos.

— Você demorou três anos pra consertar a caminhonete?

— Eu precisei consertar ela cinco vezes, Yang.

— Cinco?

— Digamos que na primeira vez eu fiz tudo errado. Nas outras quatro, bom, eu tava fazendo coisas erradas.

Jeongin ergueu uma sobrancelha, e Hyunjin tinha um sorrisinho nostálgico no rosto.

— Acho que esse é o momento em que eu te faço perguntas sobre o seu passado obscuro.

— E esse é o momento em que eu só aceito responder as suas perguntas se você responder as minhas.

— E esse é o momento em que eu fico quieto.

Sam riu.

— Você que sabe, Yang.

let's hit the fucking road and never look back Onde histórias criam vida. Descubra agora