crazy train

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bom di, como vocês tão?
bom gandaia, só queria divulgar minha fic nova, chamada tênue e paralelo, que é uma yuwin bem daorinha, então seria lehal se vocês dessem uma olhada ((:
enfim, deixem uns comentários e votos, pra eu saber se vocês tão curtindo
boa leitura!






A primeira vista de Nova York é, sem sombra de dúvidas, inesquecível, e Hyunjin não precisou de meio segundo olhando para Manhattan para constatar aquilo. Foi inevitável sorrir perante aquele monte de prédios gigantescos, carros, pedestres e táxis amarelos. Jeongin quase sorriu também. Quase. Ainda sentia o estômago embrulhar e uma taquicardia chata que não parecia querer ir embora tão cedo — e ainda não estava pronto para Nova York, tinha que admitir.

O sorriso de Sam, porém, deixava o clima mais leve, e Jack se forçou a relaxar um pouquinho; não podia e nem queria estragar a viagem de Hyunjin.

— E então? Pra onde vamos?

— Talvez seja interessante descolar um lugar pra dormir, não?

— Me parece uma ótima ideia. Mas onde? Essa cidade é gigantesca!

— O Bronx é barato. O Queens também, e o Brooklyn também dependendo de onde você for. Ou Chinatown. E são bairros até que turísticos, o que facilitaria a nossa vida.

— Eu acho que seria melhor ficar direto na ilha, né?

— É, pode ser. Então, qual vai ser?

— Chinatown?

— Chinatown.

Assim, sem mais delongas, eles se dirigiram à Chinatown, mesmo que nenhum dos dois tivesse família chinesa. Com um quarto alugado, as mochilas guardadas e um breve lanche feito, Jack e Sam retornaram para a caminhonete, prontos para desbravar Nova York.

— E agora? Pra onde?

— A viagem é sua, Sammy.

— Mas você é meu guia aqui. Confio em você, Yang.

— Bom, olha, aproveitando que a gente já tá aqui em Chinatown mesmo, tem essa lojinha de doces chineses que é bem legal. E eles são gostosos.

— Muito bem, então. Por favor, senhor Yang, me guie.

Jeongin revirou os olhos. Hyunjin sorriu.

— Segue reto e depois vira na primeira à esquerda.

— Sim, senhor.

— Você é ridículo.

Sam se virou, encarando Jack diretamente nos olhos.

— E você não resiste.

Jeongin desviou o olhar, enfiou a mão no bolso e passou a se distrair com seu Lucky Strike recém comprado.

— Agora você vira à direita.

— Por que você fica tão constrangido?

— Porque você não tem nenhum filtro, Sammy. É por isso.

— Engraçado, porque você nunca fica constrangido quando me beija. Parece até que vira outra pessoa, de tão atirado.

— Sammy!

— Eu tô mentindo? Me diz, Yang, eu tô mentindo?

— Cala a boca, isso é... meu Deus, é péssimo.

— Você parece um molequinho. Qual é, nós somos adultos. Não tem problema algum em admitir que você é meio dominador na cama, sabe.

— Puta merda, Sammy, fica quieto antes que eu te soque.

Hyunjin caiu na gargalhada.

— Tá legal, não tá mais aqui quem falou.

Silêncio.

— Para aqui. A loja é logo ali, tá vendo?

— Aquela com o letreiro em mandarim? O laranja?

— Essa mesma. Vamos?

— Bora.

Eles desceram da caminhonete, e Jack fez questão de levar a máquina consigo. A simpática doceria de Lucas Wong era uma das pouquíssimas coisas que faziam Nova York valer à pena, e apesar de não ser um ponto turístico, era um lugar que Jeongin sentia que Sam precisava conhecer. É claro que sabia que ele gostaria de ver os points clássicos da metrópole, mas não podia deixar de mostrar o que achava legal dentro daquela cidade podre.

Era meio estranho, até, que, desde o momento em que decidiram ir para Nova York, Jack não parasse de pensar em onde levaria Hyunjin. Por mais que repugnasse aquele lugar com todas as forças, era impossível não sentir uma certa vontade de mostrar as poucas coisas boas para Sam. Porque com ele era assim; Sam Hwang despertava todas as vontades escondidas de Jack Yang, e ele não fazia a menor ideia de como lidar com isso.

Tudo com Hyunjin era diferente. Desde as conversas informais às provocações, não havia nada de comum na relação tão preciosa que foram capazes de criar em tão pouco tempo. Com Sam, sentia-se confortável o suficiente para se abrir um pouquinho — ou muito, quando o desespero bateu. Sentia que sempre podia ser sincero e direto, e que ele o entenderia. Sabia que não precisava hesitar ou ponderar por muito tempo, porque Hyunjin era um cara das ações.

E não era apenas isso, claro que não. Sam fazia com que Jeongin quisesse constantemente beijá-lo, agarrá-lo de uma maneira possessiva que até então lhe era desconhecida e muito mais. Hyunjin despertava em si um desejo carnal que não sentia há tanto tempo que tinha absoluta certeza de que aquilo não existia mais.

Curiosamente, também sentia vontade de manter Sam consigo para sempre. Queria poder ficar deitado com ele pela eternidade, queria ter sua companhia na estrada até que estivesse morto. Sentia um impulso muito esquisito em segurar a mão de Hyunjin — felizmente, não se rendeu àquela vozinha maldita.

Aquele diabo maldito estava bagunçando sua cabeça, tirando sua vida dos trilhos, assumindo o controle de suas ações. Estava o transformando em um jovem inconsequente, sedento e, que o Deus o livre, minimamente apaixonado. Havia caído direitinho na armadilha daquele desgraçado.

E não sentia um pingo de arrependimento.

Jack não sabia o que era pior: sentir esse turbilhão de sentimentos ou ter a plena certeza de que estava gostando.

Por enquanto, porém, não iria pensar nisso. Então, com a câmera em mãos, apertou o passo para acompanhar Sam, que já lhe esperava em frente à loja, com seu clássico sorriso ladino.

— Vamos entrar?

— Como você quiser, Sammy.

let's hit the fucking road and never look back Onde histórias criam vida. Descubra agora