– Oi – eu respondo.
E depois disso, o silêncio no quarto era perturbador. Que assunto puxar com o cara que, em breve, seria meu noivo?
– Queira me desculpar por não estar aqui para recebê-la. Eu estava participando da inauguração de uma placa.
– Ah sim, eu entendo – não, eu não entendia, que coisa mais bizarra.
– Sei que parece estranho, mas, são ossos do ofício. Imagino, que daqui para frente você ainda vai participar de inaugurações de muitas placas, e pontes. Essas coisas – ele fala de forma tão natural, e não importa o quanto tente não consigo segurar uma risada.
– Isso parece estranho – falo ainda rindo.
– Com certeza é – Nicholas me responde rindo comigo. – Mas faz parte. Óbvio, que tem partes melhores e maiores do trabalho, mas, não dá para evitar essas coisas.
– E, que placa era essa? – pergunto para não deixar o assunto morrer. Percebo que ele fica feliz com minha tomada de atitude, já que um pequeno sorriso brota em seu rosto.
– Não quero parecer idiota, mas, era uma placa de 'Sejam Bem-Vindos" na entrada de Dibra, Orlon. Você já foi em Orlon?
– Nunca, na verdade, não conheço muitos estados, não viajava muito antes de... Bom, antes disso tudo – acabo soltando uma pequena risada no final, porque falar sobre isso ainda é um pouco estranho e surreal.
– Não se preocupe, a gente vai cuidar de você, quero dizer, sua família, bom, sua avó, você vai se adaptar a tudo isso – Nicholas se enrola um pouco enquanto falava, o que me faz sorrir, e no final aponta para o quarto, como se referia-se a ele, mas entendi que era todo esse novo mundo.
– Tenha certeza de que sim, quer dizer, não é tão ruim. Tirando a parte de inaugurar placas.
– Ah, tem razão – ele me responde rindo, e, nossa, Nicholas é bonito demais para o seu próprio bem, os olhos, o maxilar, a barba por fazer, tudo se encaixa tão harmoniosamente em seu rosto perfeito. – Então, já vou, eu acho, quer dizer, já está meio tarde – ele checa o relógio, e penso se eu o encarei tão descaradamente que o deixei sem graça.
– Ah sim, claro. Te acompanho – andamos até a porta e imaginei, se eu abrisse ele pensaria se eu estava o expulsando. No fim, acabei abrindo mesmo assim.
– Podemos sair para fazer alguma coisa, amanhã depois do café, se quiser – não sei se posso negar um pedido do príncipe, então apenas concordei. Depois de trocarmos nossos números, Nicholas se despediu com um singelo beijo em minha mão.
Nossa. Foi melhor do que eu imaginava, embora não tenha durado nem dez minutos. Peguei meu celular para atualizar Camila, mas, a mensagem de um número desconhecido me chamou atenção. Quando abro a foto, vejo um Nicholas de casaco preto sorrindo, com um cachorro num carro, numa self comum. Bom, eu imaginava uma foto dele com uma coroa, sentado em um trono dourado, mas essa é muito mais agradável.
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A Preferida [PAUSADO] [REVISÃO]
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