25. Chegamos

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16 de agosto, 17:48

Levamos apenas vinte minutos para chegarmos a Itacuruçá, chegando lá pegamos uma lancha que nos levou até a Ilha, para alguém que só descobriu sobre a mesma nessa manhã o Téo parecia bem seguro com a viagem, chegamos a um hotel em menos de cinco minutos de caminhada pela praia, ele fez o check-in por nós dois e a recepcionista veio animadamente mostrar o nosso quarto. Obviamente não era como o Hotel Atlântis, mas era até arrumadinho, enquanto a recepcionista explicava todas as políticas do hotel, eu me divertia sozinha, imaginando como ela ficaria se soubesse quem era o Téo.

— Aff, pensei que ela não iria embora nunca mais — o Téo se jogou na cama assim que a mulher saiu.

— Já estava começando a ficar com sono, após tanta informação. — sentei na cama ao lado dele.

— Heloísa, eu ainda estou surpreso pelo fato de você ter vindo para essa viagem comigo, então eu gostaria de dizer que estou muito agradecido pela sua companhia. — ele sentou-se também, de frente para mim.

— Bom, não é todo dia que alguém me convida pra Ilha de Itacuruçá com tudo pago — pisquei pra ele.

— Ah, que interesseira! — ele cruzou os braços e nós sorrimos.

Uma parte de mim, estava ansiosa pra saber como seria esses dias com o Téo, ele tem se mostrado o cara mais incrível que eu já conheci, dessa vez poderíamos nos conhecer melhor sem uma ressaca ou a ameaça iminente de um coma alcoólico. Outra parte me dizia para ir com calma, mesmo que o meu relacionamento com o Sérgio não tenha sido um dos melhores, eu estava solteira por apenas algumas horas quando conheci o Téo, e seria precipitado demais planejar algo com ele, mas também ele não me ajudava, não fomos a um restaurante, ou a um simples encontro, eu já teria passado o dia no hotel dele, ele já tinha passado o dia na minha casa e agora estávamos como disse a Samira "numa viagem que era um projeto de lua-de-mel". E mesmo que eu ponderasse tudo na minha mente, era só ver aquele sorriso que já esquecia tudo.

— Heloísa? Oi, tem alguém aí? — ele balançava as mãos na minha frente para me chamar a atenção.

— Desculpe, acabei me perdendo nos meus pensamentos — esfreguei o rosto com força.

— Tenha medo do que se passa aí dentro — ele ergueu uma sobrancelha.

— Mudando de assunto, eu tenho uma dúvida. Porque você insiste em me chamar de Heloísa?

— Ué, mas esse não é o seu nome? Ou você estava me enganando esse tempo todo?

— Não, é que a Sam me chama de Isa, enquanto meu pai de Helô, já você mesmo depois de tudo ainda me chama pelo nome todo.

— Ah, é que eu acho teu nome tão lindo, é suave, mas o acento remete a uma intensidade intrigante. Igualzinho a você, diminuir o seu nome vai fazer ele ficar tão sem graça quanto o meu. — ele fez uma cara feia quando terminou de falar.

— Seu nome não é sem graça, deixe de ser dramático — não pude como conter o riso.

— Claro que é! Meu nome tem apenas três letras, uma sílaba só, as pessoas nem se esforçam para me chamar.

— Meu Deus, isso realmente é o fim do mundo — eu já não conseguia mais parar de rir.

— E agora, além de tudo você está rindo do meu problema, é uma droga mesmo — ele balançou a cabeça indignado.

— Tadinho... Me desculpe, é que eu me achava dramática, mas depois desse discurso, percebi que meu caso anem é tão sério — respirei fundo e olhei pra ele séria.

Foi nesse momento que ele me jogou na cama e ficou segurando minhas mãos, não estava tão firme, mas eu resolvi não reagir para ver o que viria a seguir.

— Então quer dizer que eu estou desabafando com você, e a senhorita tem a coragem de me chamar de dramático, logo depois que admitiu estar aqui por puro interesse. — de inicio fiquei assustada, mas o sorriso de canto na boca dele me fez entender a brincadeira.

— Que audácia a minha, como eu posso ser tão cruel? — ironizei.

— Só tem uma coisa para se fazer com esse tipo de gente...

Ele chegou o seu rosto bem perto do meu e quando eu pensei que ele iria me beijar, no último segundo ele apenas abriu um sorriso e começou a passar as mãos pela minha cintura e foi subindo.

— Não, não, não, não! Cócegas não! — eu me esquivava entre risos enquanto ele sorria junto.

— Tá, eu aprendi, é muito triste ter um nome monossilábico e eu nunca mais vou rir disso, entendi a sua sina. Agora para, por favor — Pedi já ficando sem ar.

— Tudo bem, acho que eu estava sendo um pouco dramático mesmo. — ele me encarou enquanto ainda estava em cima de mim e fiquei esperando para ver se iria acontecer alguma coisa.

— Acho melhor sairmos para comer — foi quando ele levantou e estendeu a mão para que eu pudesse levantar também.

Eu não lembro o que fiz na noite passadaOnde histórias criam vida. Descubra agora