19 de agosto, 19:57
— Téo, resolveu aparecer! — o Ricardo estava arrumando a mesa.
— Ainda não sou o namorado, mas não podia recusar esse jantar! — ele disse apertando a mão do Ricardo.
Depois que eu mandei uma mensagem resumindo um pouco as coisas que tinham acontecido a Samira teve a inusitada ideia de fazer um jantar de casais. Ela disse que estava muito animada que nós duas estávamos saindo com alguém e que sempre quis ter um encontro duplo, eu só nunca imaginei que estaria num encontro duplo com o meu pai. Então nós passamos no hotel em que o Téo estava hospedado, pois ele queria se arrumar para dar uma boa impressão, pois segundo ele mesmo, como eu ainda não o aceitei, o meu pai deveria ser mais fácil de conquistar.
— Bom, vou tomar um banho rapidinho e já volto. — fui em direção ao meu quarto.
— Não tão rápido mocinha, me conta direito isso aí. Como assim o Hotel vai ter o seu nome? — a Samira me acompanhava sussurrando.
— Louco, né? Quando ele me mostrou o cartaz, eu pensei que era alguma brincadeira, mas lá estava. Não é necessariamente o meu nome, mas a variação dele. Mesmo assim é algo tão lindo! — eu procurava uma roupa sem sucesso.
— Enquanto isso você está aí deixando o cara na geladeira. Quero ver se vai esperar ele nomear um país em sua homenagem para que você se toque... — agora a Samira também estava procurando uma roupa comigo.
— Não, nomear um país seria exageradamente assustador.
Foi quando nossas mãos pegaram um macaquinho azul que estava escondido atrás de outras roupas, não precisei falar mais nada, corri para o banheiro, já curiosa para saber o que o Téo e o Ricardo estariam conversando.
— Voltamos! — anunciei já sentido o cheiro da comida pronta.
— Uau! Você está, ou melhor, você é linda! — o Téo levantou-se da mesa e ficou me encarando.
— Quando eu digo que vocês são um belo casal — o Ricardo sorriu enquanto colocava a travessa de macarrão na mesa.
— Também acho isso quase-sogro, mas não depende só de mim, sabe. — o Téo voltou-se para a mesa.
Sentamos todos na mesa e a conversa fluiu naturalmente, o Ricardo perguntou sobre o novo hotel para o Téo e ele explicou tudo calmamente, até sobre o nome. A Samira perguntou se ela teria algum desconto no hotel que levava o nome da melhor amiga, e o Téo garantiu que ela poderia se hospedar de graça, eu disse que não teria necessidade já que o Hotel é na mesma cidade que ela mora.
— Téo, estava olhando os jogos do Flamengo, acho que nós poderíamos ir em algum da libertadores, o que você acha? — o Ricardo mudou radicalmente de assunto.
— Acho ótimo, meu pai é sócio do time, poderia nos arranjar ótimos lugares, se o Mengão passar para as quartas, é tudo por minha conta!
Os dois continuavam a discutir assiduamente sobre as possibilidades do Flamengo ganhar o campeonato, das estratégias do time, e das novas contratações que poderiam ser feitas. O Ricardo estava mais animado, com a presença do que eu, que estava apenas observando, juntamente com a Samira, toda a conversa futebolística.
— Bom, vocês fizeram a comida, eu cuido dos pratos. — anunciei já tirando a mesa.
— Que orgulho, de ter uma filha tão prestativa!
— Eu ajudo! — o Téo rapidamente se levantou e me acompanhou até a pia.
— Você não precisa me ajudar, você é visita! — disse-lhe quando ele me entregou os pratos restantes.
— Não tem nada disso, e eu também prefiro ficar aqui contigo do que de vela do casal. — ele respondeu olhando para a mesa.
— Mesmo que seja lavando os pratos?
— Com você, qualquer tarefa se torna divertida, até mesmo lavar os pratos.
Enquanto eu lavava o Téo me ajudava para secar, quando terminamos de arrumar tudo, o Ricardo apareceu anunciando que iria levar a Samira em casa, que veio se despedir de nós.
— Seu pai é um cara bacana! — o Téo disse após sentar no sofá.
— Ele tem ficado bem mais alegre depois desse rolo com a Sam. — sentei ao seu lado.
— E você já está aceitando tudo isso facilmente?
— Eu não tenho muito o que aceitar, a Samira sabe muito bem se cuidar e eu não posso julgar o meu próprio pai, apenas estou seguindo tudo, torcendo para que no final dê certo, só quero que eles sejam felizes! — descansei minha cabeça em seu ombro.
— Isso é a melhor coisa a se fazer, deixar as coisas rolarem. — ele começou a acariciar o meu braço.
Ficamos assim por muito tempo, tanto que acabei cochilando, acordei quando o Téo tentou me ajeitar no sofá, para que ele pudesse levantar.
— Ei, aonde você vai? — perguntei com os olhos entreabertos.
— Já está ficando tarde, não era pra você ter acordado. — Ele beijou a minha testa.
— Dorme aqui, não precisa ir embora. — puxei a sua mão.
— Hoje não, talvez um dia...
Ele chegou mais perto e me beijou, eu então levantei e o levei até a porta, só tive tempo de chegar no quarto e me jogar na cama, para cair no sono novamente.
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Eu não lembro o que fiz na noite passada
RomanceHeloísa acabou de completar dezoito anos e levar um pé na bunda, ao invés de ficar em casa sofrendo ela resolveu ir comemorar com a melhor amiga, ela só não contava com uma coisa: Que no dia seguinte não se lembraria de nada. Só lhe resta procurar a...