• dezoito

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B e r n a r d o

- essa é minha mãe, dona Katherine Clarkson. - ela me encarou.

- larga de ser besta garoto, pode me chamar de Kate.

- prazer, sou Maria Luísa, amiga do Bernardo, mas pode me chamar de Malu. - ela sorriu.

- o prazer é todo meu, Malu. - elas se abraçaram. - só são amigos?

- MÃE. - a repreendi e Malu riu.

- shiu, Bernardo, querida você pode me dar uma ajudinha na cozinha? - ela me encarou.

- claro, posso sim. - minha mãe piscou pra mim e saiu junto dela.

O olhar de Malu antes de sumir no corredor era de "mais tarde saiba que vou te matar", mas ainda sim ela parecia estar muito bem.

- tá namorando, tá namorando. - Augusto apareceu com uma latinha na mão.

- quem te disse isso?

- a Sam, ela chegou toda feliz falando que você tinha trago a namorada. - revirei os olhos.

- ela não é minha namorada.

- mas você quer que seja?

- não, me deixa em paz. - sai de perto dele.

- não minta pra si mesmo cara. - ele gritou.

- vai a merda, Augusto. - gritei de volta.

××

- tá, todos pensam que nós estamos juntos. - Malu sentou ao meu lado.

- eu sinceramente estou cansado de toda hora desmentir isso pra alguém.

- eu também. - nós rimos. - eu já perdi a conta.

- Malu, eu... - fui interrompido.

- Bernardo, desculpa atrapalhar, mas a Samanta caiu da escada. - minha tia veio me dizer.

- QUE? - me levantei. - cadê ela?

- tá na sala, está tudo bem, ela só caiu do 4° degrau.

Corri até a sala, sendo seguido por Malu, Sam estava deitada no sofá, com minha mãe perto, ela estava com um pequeno vermelho na testa.

- filha, o que você estava fazendo, sabe que a escada é perigoso.

- eu queria pegar o snoop, mas ele subiu muito rápido e eu caí.

- você tá bem? tá sentindo alguma coisa? - ela negou. - você me assustou, pequena.

- desculpa, papai.

- tudo bem, vamos pegar um pouco de gelo pra colocar nessa cabecinha dura aí. - ela riu.

Peguei ela no colo e fui em direção à cozinha, Malu estava junto comigo, pegou o gelo, colocou em uma sacola e depois colocou na testa da minha filha.

- obrigada, Malu. - agradeci.

- de nada. - ela sorriu fraco. - Sam, tome mais cuidado da próxima vez, você assustou a gente. Agora eu quero que você segure o gelo um pouco e depois a gente pode pintar, quer?

- simmm. - ela disse animada.

××

Samanta parecia estar bem, ela e Malu estavam brincando de desenhar, as duas desenharam uma a outra, ambas morreram de rir com o resultado, elas se davam super bem juntas. Mas teve um momento, um breve momento em que Samanta agarrou as pernas da Malu, e a mesma tocou no seu nariz, as duas estavam com um belo sorriso no rosto, um sorriso que me fez sorrir involuntariamente feito um idiota do meu lugar.

- se você não fizer nada quanto a isso, eu te mato. - minha mãe sussurrou.

- mãe, para de.. - ela me interrompeu.

- não quero saber, você não pode dizer que não vai dar certo sem tentar, se arrisque filho, escuta o seu coração, eu vi o jeito que vocês se olham, é lindo. - ela sorriu.

- a gente se conheceu agora, não dá pra ir colocando ela na minha vida assim.

- meu filho. - ela riu. - você já colocou, olha pra elas.

Eu as olhei, eu estava me apaixonando por elas juntas, eu estava me apaixonando pela Malu e isso estava ficando óbvio.

×

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