• vinte cinco

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B e r n a r d o

2 meses depois.

- eu já disse que não. - disse pela terceira vez para Augusto.

- mas.. - o interrompi.

- não, eu não vou fazer festa.

- mas é o aniversário da sua filha, não quer celebrar?

- aff. - bufei.

- já falou com ela sobre isso?

- ela é uma criança, claro que quer uma festa, ela sempre quer, mas dessa vez achei legal fazer outra coisa.

- então, ela quer uma festa, faça a vontade da sua filha.

- Augusto, por que você quer tanto uma festa?

- nada, eu só queria que minha afilhada tivesse uma merecida festa, por favor, faz a festa. - eu fui obrigado a rir pelo seu desespero de me convencer.

- uhum, tem caroço nesse angu em. - eu ri.

- tudo bem, eu te conto, é que eu tô pensando em assumir o meu.. - fomos interrompidos por Samanta.

- papai. - ela veio correndo pra mim.

Sempre que a Malu buscava a Sam na escola, elas passavam por aqui pra fazer uma visita, ou seja, toda quarta e sexta.

- oi minha princesa, tudo bem? - a agarrei e beijei sua bochecha.

- sim. - ela devolveu o beijo. - a tia Fernanda disse que quer que você vá na reunião semana que vem.

- ah, ela disse é? - olhei para Augusto.

- claro que ela quer. - ele disse rindo.

- por que tanto sarcasmo? - Malu perguntou confusa.

- ela sempre da em cima do Bernardo quando ele vai lá.

- a agora eu entendi. - Malu disse. - ta sendo muito cobiçado, senhor Maldonado. - ela disse levantando a sobrancelha.

- relaxa, amor, eu só tenho olhos pra você. - ela sorriu.

- Sam, está com fome? - Augusto chamou a sua atenção.

- simm. - ela disse animada.

- tem rosquinha na sala de reunião, quer ir roubar algumas? - ela me encarou.

- então é você que rouba as rosquinhas de lá? - encarei Augusto.

- não. - ele desviou o olhar. - vamos Sam. - ela pegou sua mão. - antes que seu pai me dê um esporro. - ele falou mais baixo e Sam riu.

- vê se eu posso com isso? - Malu riu.

- deixa eles, as rosquinhas daqui são ótimas. - ela me deu um selinho.

- você também está envolvida nisso? - ela riu.

- uhum. - a puxei pra sentar no meu colo. - só você não sabe que todo mundo pega as rosquinhas de lá.

- tô percebendo isso, até a minha namorada faz isso e eu não sabia. - nós rimos.

- você é tão dramático.

- mas você me ama mesmo assim.

- uhum, claro que amo. - ela me abraçou e eu afunde o rosto no seu pescoço.

- eu não sei explicar a paz que você me traz, mulher. - ela sorriu. - meu dia pode estar sendo uma bosta, assim como o de hoje, mas é só você ou a Samanta aparecer que tudo parece bem de novo.

- isso é amor. - ela riu.

- muito amor. - a encarei. - eu te amo, sabia? - ela sorriu.

- Bernardo. - ela sussurrou.

- sim? - coloquei seu cabelo atrás da orelha.

- eu também te amo. - sorri.

- eu sei, se não você já tinha pulado fora faz tempo, não é qualquer uma que aceitaria a Sam assim.

- eu adoro ela. - aconcheguei meu rosto em seu pescoço.

- e ela também te adora. - ela sorriu.

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