B e r n a r d o
2 meses depois.
- eu já disse que não. - disse pela terceira vez para Augusto.
- mas.. - o interrompi.
- não, eu não vou fazer festa.
- mas é o aniversário da sua filha, não quer celebrar?
- aff. - bufei.
- já falou com ela sobre isso?
- ela é uma criança, claro que quer uma festa, ela sempre quer, mas dessa vez achei legal fazer outra coisa.
- então, ela quer uma festa, faça a vontade da sua filha.
- Augusto, por que você quer tanto uma festa?
- nada, eu só queria que minha afilhada tivesse uma merecida festa, por favor, faz a festa. - eu fui obrigado a rir pelo seu desespero de me convencer.
- uhum, tem caroço nesse angu em. - eu ri.
- tudo bem, eu te conto, é que eu tô pensando em assumir o meu.. - fomos interrompidos por Samanta.
- papai. - ela veio correndo pra mim.
Sempre que a Malu buscava a Sam na escola, elas passavam por aqui pra fazer uma visita, ou seja, toda quarta e sexta.
- oi minha princesa, tudo bem? - a agarrei e beijei sua bochecha.
- sim. - ela devolveu o beijo. - a tia Fernanda disse que quer que você vá na reunião semana que vem.
- ah, ela disse é? - olhei para Augusto.
- claro que ela quer. - ele disse rindo.
- por que tanto sarcasmo? - Malu perguntou confusa.
- ela sempre da em cima do Bernardo quando ele vai lá.
- a agora eu entendi. - Malu disse. - ta sendo muito cobiçado, senhor Maldonado. - ela disse levantando a sobrancelha.
- relaxa, amor, eu só tenho olhos pra você. - ela sorriu.
- Sam, está com fome? - Augusto chamou a sua atenção.
- simm. - ela disse animada.
- tem rosquinha na sala de reunião, quer ir roubar algumas? - ela me encarou.
- então é você que rouba as rosquinhas de lá? - encarei Augusto.
- não. - ele desviou o olhar. - vamos Sam. - ela pegou sua mão. - antes que seu pai me dê um esporro. - ele falou mais baixo e Sam riu.
- vê se eu posso com isso? - Malu riu.
- deixa eles, as rosquinhas daqui são ótimas. - ela me deu um selinho.
- você também está envolvida nisso? - ela riu.
- uhum. - a puxei pra sentar no meu colo. - só você não sabe que todo mundo pega as rosquinhas de lá.
- tô percebendo isso, até a minha namorada faz isso e eu não sabia. - nós rimos.
- você é tão dramático.
- mas você me ama mesmo assim.
- uhum, claro que amo. - ela me abraçou e eu afunde o rosto no seu pescoço.
- eu não sei explicar a paz que você me traz, mulher. - ela sorriu. - meu dia pode estar sendo uma bosta, assim como o de hoje, mas é só você ou a Samanta aparecer que tudo parece bem de novo.
- isso é amor. - ela riu.
- muito amor. - a encarei. - eu te amo, sabia? - ela sorriu.
- Bernardo. - ela sussurrou.
- sim? - coloquei seu cabelo atrás da orelha.
- eu também te amo. - sorri.
- eu sei, se não você já tinha pulado fora faz tempo, não é qualquer uma que aceitaria a Sam assim.
- eu adoro ela. - aconcheguei meu rosto em seu pescoço.
- e ela também te adora. - ela sorriu.
×
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| My Little Girl |
Lãng mạn"Você me faz sentir de novo o que eu já não sentia mais."