• dezenove

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B e r n a r d o

Chegamos em casa perto das 09:00PM, o que era pra ser apenas um almoço se tornou café da tarde e janta também, a maioria foi embora depois do almoço, ficando apenas meus pais, minha irmã com o namorado, Augusto e Gabi, apenas os de sempre. Malu se deu bem com todos, assim como todos gostaram dela.

Samanta foi direto pro quarto escolher um pijama, enquanto Malu estava na porta para ir embora.

- Bernardo, sua família acha que temos alguma coisa? - a olhei estranho. - desculpa perguntar assim, mas sua mãe não parava de me jogar indiretas. - ela riu. - e antes da gente vir embora ela me chamou de nora.

- ai meu Deus, minha mãe é impossivel, desculpa. - ela riu. - eles gostaram de você e sabem que não temos nada ainda, quer dizer não, eles sabem que não temos nada.

- tudo bem, esse seu ainda me esclareceu algumas coisas.

- como assim? - franzi a testa.

- eu precisava saber se o clima que estava rolando não era coisa da minha cabeça.

- Malu, eu não.. quer dizer, eu tenho uma filha, independente de tudo eu não quero que ela saia magoada de tudo isso, eu tenho que pensar nela antes de mim e.. - ela me interrompeu.

- nada disso vai acontecer, Bernardo, eu adoro a Samanta, eu sei que nos conhecemos a muito pouco tempo, mas.. tá bom, já que você não vai dizer, eu vou, a verdade é que.. - a olhei atentamente. - eu to gostando de você, e parece que você também está gostando de mim. - ela sorriu. - pelo menos eu espero que esteja, porque então isso seria bem constrangedor. - eu ri. - e você ficar quieto não sei se ajuda, porque aí eu.. - ela parou de falar quando eu coloquei minhas mãos no seu rosto.

- eu também gosto de você, Malu, eu acho que.. eu posso estar me apaixonando por você. - ela sorriu.

- você não sabe o quanto eu estou aliviada em ouvir isso, sério, eu não sabia se era coisa da minha cabeça, ai pensei que eu.. - a calei com um beijo.

O toque dos seus lábios macios nos meus fez meu coração acelerar, era como se eu voltasse a ter 15 anos, toda a emoção do primeiro beijo estava presente, mas agora ninguém era inexperiente, era um beijo digno de cinema, estava bom, muito bom. Por falta de ar encerramos o beijo, mas continuamos bem perto um do outro.

- ótima tática pra me fazer calar a boca. - nós rimos.

- eu não queria ser grosso, mas você estava falando muitas coisas e muito rápido, eu achei que ia pirar a qualquer momento.

- desculpa. - ela riu sem graça. - eu costumo falar demais quando tô nervosa.

- tudo bem, você fica fofa quando ta nervosa. - ela sorriu.

- eu acho que a Samanta vai estranhar a sua demora.

- eu concordo, mas eu não quero te deixar ir. - ela riu. - fica aqui.

- é uma proposta muito tentadora, mas o Baxter não gosta de ficar sozinho.

- traz ele pra cá, eu faço a Sam dormir e pedimos comida, vai ser romântico.

- isso tá parecendo mais um convite pra me fazer ficar aqui e dormir com você.

- prometo não fazer nada. - ela riu.

- boa noite, senhor cobertura. - ela me deu um beijo no canto da boca.

- boa noite, garota do 605. - ela apertou o botão do elevador. - amanhã nós vamos sair pra jantar então.

- isso é um convite pra um encontro?

- só se você aceitar. - brinquei.

- eu só aceito se você fizer o jantar. - sorri.

- tudo bem, eu faço o jantar então, amanhã às 08:00PM está bom pra você? - ela concordou.

- até amanhã. - ela disse antes da porta do elevador fechar.

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