A garota se mantinha agoniada na cadeira em meio a toda a praça de alimentação do shopping de Seattle. Tinha sido difícil para ela ir lá, com isso ela também estava insegura de que sua idéia maluca funcionaria.
Durante três meses Elle se manteve em uma Prisão Domiciliar de SegurançaMáxima, ou PDSM, como ela costumava falar. Seu celular fora quebrado, em cada momento ela era vigiada de longe por seus tios e pais, e nem em casa ela tinha privacidade. O máximo que podia fazer era ouvir música durante o banho, mas sempre pelo aparelho de som por onde não podia fazer mais nada.
Mas agora, com a bela desculpa de fazer compras, depois de insistir e se comportar durante os três meses, e usar o celular da amiga para se comunicar através de mensagens com uma fonte segura, ela não poderia voltar atrás, e não queria.
- Senhorita Hale?
Erguendo o olhar, Elle encarou o homem moreno e gordo, bem vestido e com uma maleta em mãos. Ele se sentou a sua frente e deixou a maleta em cima da mesa. Era J. Jenks.
Elle:Trouxe o pedido? [Perguntou séria] J. Jenks:Certeza que quer isso? [Perguntou inseguro] Elle:Eu vou pagar. E você trabalha para meus pais, automaticamente também trabalha para mim. [Falou ainda mais séria]
J. Jenks abriu a maleta e colocou o envelope em cima da mesa, o empurrando na direção da garota. Elle o segurou e abriu rápida mas delicadamente, retirando de lá uma passagem de ida e um passaporte. Ela encarou aquilo com veneração, pois sabia que era sua chance de sair do inferno temporal em que tinha se transformado sua vida.
Elle:Ótimo. Agora saia daqui imediatamente. [Disse se levantando e colocando os itens na bolsa] Vai logo! J. Jenks:Tem total certeza de que seus pais estão sabendo disso? Elle:Sim! Agora vai! Anda! [Exclamou o empurrando para fora da cadeira]
Estando de pé, J. Jenks pegou sua maleta e saiu de lá o mais rápido que podia, enquanto que Elle apenas o encarava. Após ele sair de seu campo de visão, ela foi obstinadamente até o aeroporto, que se encontrava a poucos minutos do shopping.
Os pensamentos de Elle se embaralhavam, ela em si estava um turbilhão de emoções. Depois de três meses em "Cárcere Privado" ela finalmente poderia ouvir a doce voz de seu vampirinho. Olharia em seus olhos e saberia que tudo estaria bem naquele momento, sem ter seus pais ou qualquer um da família para dizer que aquilo era errado, pois só seriam eles dois contra o mundo.
Já no avião, Elle suspirou enquanto olhava para a janela e observava o grande pássaro de ferro pegar impulso e começar a subir nas nuvens. Está acabado, pensou ela. Dali pra frente, ela só teria que de preocupar em chegar em Volterra. Poderia ir de táxi, já que sua mãe havia lhe dando um belo bolo de dinheiro para as "compras".
Fechando os olhos, ela se deixou levar pelo sono, tendo sonhos com seu amor e pesadelos com sua família o matando.
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