𝔬𝔫𝔢

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"O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você tem."

George Carlin.

𝕮𝖆𝖗𝖔𝖑𝖎𝖓𝖆

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𝕮𝖆𝖗𝖔𝖑𝖎𝖓𝖆

Três anos se passaram, resumidos em surpresa e frustração. Há três anos atrás, tudo fazia sentindo. Eu estava com ele, que nunca imaginei que me apaixonaria dês do primeiro momento, em uma festa idiota.

Eu estava bem com tudo. Algumas surpresas, dúvidas e brigas fluíram normalmente, mas agora, nesse exato momento eu não tenho nada. Literalmente.

Não sabia se deveria ter continuado à lutar pelos meus sonhos, em relação á Universidade, por causa dele, por causa de Arthur.

Tudo parecia normal, fluindo perfeitamente bem naquela noite. Eu me lembrava exatamente da sensação de que devia ter montado naquela merda de moto junto dele, para pelo menos esquecer de tudo assim como ele esqueceu.

Ele não teve nada a perder, porquê não se lembrou de nada depois do acidente. Era horrível ter que pensar que todas as noites, a pessoa quem eu amava mais que tudo, e abriria mão de ter feito aquilo por ele, não se lembrava de você.

Não se lembrava de nada, de nenhum beijo, cada abraço, cada toque. Hoje, eu sou dominada pela frustração, e ainda penso que pessoa Arthur deve ter se transformado.

Ele deve ter seguido sua vida? Será que ele casou? Que merda. Uma parte de mim rejeita qualquer pensamento desse, mas a outra, se mantém neutra, pois ele não se lembra de nada.

Nem parece o Arthur. Não é mais ele. Deve ser só o corpo, mais nenhuma lembrança de seu passado deve ter voltado pra ele.

Nunca mais voltei aquela noite. Eu peguei todas as minhas coisas. Me lembro das lágrimas quentes escorrerem pelo resto da viajem até Nova York. Eu nunca mais voltei, não quis saber de como ele ficou depois da cirurgia.

As sensações ruins que passei pelo resto do ano foram as piores que eu já tive. Aquela fase, me destruiu, mais do que qualquer coisa.

A mistura de saber que Arthur não se lembra/ou de nada, e a mistura que eu ainda o amava, e ainda o amo, eram o buraco negro perfeito para eu me arremessar.

Fui suspeita de desidratação Hipertônica, uma doença devida a desidratação, perda de água e aumento de sódio no sangue.

Por mais que todos esses anos tenham passado, se Arthur voltasse, eu teria certeza de que meu corpo não reagiria normalmente. Sempre fui apaixonada por ele, e não sei quando vou esquecê-lo de fato.

Tudo na minha vida estava ligado a Crusher. Ele se transformou no pilar que sustenta o meu mundo e, sem ele, só o que me resta é o entulho daquilo que um dia foi minha existência.

Mas, voltando para Nova York e deixando tudo para trás, todos os meus amigos e todas as pessoas que conheci, meus pais me ajudaram a me levantar. Isso antes de eu descobrir algo inesperado.

Em um dos exames e tratamentos da minha desidratação, tive que fazer um exame urinário, e acabei descobrindo que estava grávida.

Foi totalmente inesperado. Eu teria um filho, um ser vivo no meu ventre, dentro de mim. E ainda mais frustrante; um filho dele. Um filho de Crusher.

Eu nunca descobri se ele realmente queria um, e todos esses acontecimentos me fizeram voltar a estaca zero. Eu não poderia aparecer na vida dele novamente, não com uma criança.

O que ele pensaria? Uma idiota aparece do nada na frente dele dizendo que está com seu filho.

Ele não se lembraria de nada, nem de mim, nem do nosso amor, e também não acreditaria que um dia o espermatozoide dele chocou com meu óvulo e formou uma célula-ovo.

Mas, eu já sofri demais. Pelo resto do ano e a metade do outro, eu chorei. Era a única coisa que eu podia fazer. De vez em quando me achava uma covarde por ter deixado tudo para trás, mas seria angustiante ver que ele não se lembra de nada.

O buraco no peito ainda está aqui, vazio, todos os dias, como se fosse permanente.

Por mais que eu quisesse desistir de tudo e me afogar num mar de lembranças e sofrimentos, eu me ergui.

Era a única coisa certa, que faria bem para mim mesma. Comecei á fazer um pouco da Universidade, que por conta da minha gestação, não consegui terminar, porém pretendo, e enquanto isso, apenas trabalho como secretária.

Consegui sorrir por uma das primeiras vezes, mas ainda sim, eram poucas.

Ainda dormia mal, e tinha olheiras frequentemente, também sofrendo pelos sintomas da gravidez. Nada foi fácil nos últimos anos, mas eu me reergui, por mais que não quisesse.

『 ✏ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜

finalmente né galera? me desculpem a demora.

eu vou tentar me esforçar o máximo pra tentar deixar ela boa que nem a primeira, ou melhor.

gostaram da surpresinha que vai sair da barriga da carulina? kkkk

bejo na bunda.

Empty Space | Volsher. [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora