𝔱𝔴𝔢𝔫𝔱𝔶

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"E qualquer um que bate aqui nesse meu coração, não passa nem da porta"

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"E qualquer um que bate aqui nesse meu coração, não passa nem da porta"

── Pixote.

𝕬𝖗𝖙𝖍𝖚𝖗

── Ah, então a situação é séria? - Falo. ── Eu quero ficar com você, Carol, mas não quero se você estiver escondendo alguma coisa, e acredite, eu não consigo parar de pensar em você mesmo tentando.

Os olhos esverdeados dela estão cobertos de lágrimas. Mas eu não posso deixar de mentir. Eu sinto que ela esconde alguma coisa, e eu só quero que ela me conte, porque talvez eu ache que é uma revelação importante. Mas só talvez.

── Então acho melhor nós não termos nada... porque como eu já disse, não é tão simples assim, e eu não quero contar agora. - Ela diz. Respiro fundo e faço que não com a cabeça. Eu não ia aguentar nem um instantezinho longe dessa mulher, ainda mais nesse clima.

Me aproximo e envolvo seu corpo no meu, a fazendo ficar em cima do balcão. Afasto o cabelo dela do rosto e limpo uma lágrima que acabou de cair. Ainda não estou entendo nada, assim como todas as vezes em que ela chorou na minha frente.

Ela dá um beijinho no canto dos meus lábios que, puta que pariu, se eu não estivesse respeitando o tempo dela agora, já teria partido pra outra coisa.

Posso nem pensar, se não...

── Preciso dormir. - Ela diz, mas nem se move. ── Mas não vou conseguir sair daqui se você ficar na minha frente.

── Só vou sair daqui se você dormir comigo. - Falo. Ela inclina a cabeça e sorri. Não sei o que ela tem, de verdade, que me faz sorrir por qualquer coisinha, e deixa tudo mais... real.

── Posso te perguntar uma coisa?

── Claro. - Respondo, brincando com uma mechinha do cabelo dela.

── Qual foi a primeira coisa que você fez quando acabou de perder a memória? - Ela pergunta.

── Eu fiquei sem entender nada no começo. Sei lá, era como se eu realmente estivesse acabado de nascer. - Falo. ── Mas tinha um sentimento de culpa muito estranho... e eu não sabia o porquê de eu estar me sentindo culpado.

Ela me olha por um instante.

── E não vem nada na sua mente? Tipo, nada? - Ela pergunta.

── Não... por mais que eu force me lembrar. De vez em quando eu tenho sonhos que até parecem reais. - Falo. ── Engraçado que, um deles é com você.

Eu sorrio, mas ela não me devolve outro com tanta convicção. Fico sem entender.

── Certo, agora eu faço uma. - Falo. Ela balança a cabeça concordando. ── Quem é o pai do Anthony? - Ela engole seco e bate os dedos na bancada meio nervosa.

── Nossa, não podia ter feito outra mais fácil? - Ela brinca.

── Foi mal, é que eu tenho a sensação de que quando estou com você, você já é minha família, ou algo assim. - Falo. ── Agora eu fiquei com sono. Vem? - Saio de perto dela e ela pula do balcão.

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maratona 5/6

Empty Space | Volsher. [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora