Capitulo Um;

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10 de fevereiro de 2019
Cidade de Daegu - Coréia do Sul

POV's Park Jimin

Finalmente o sinal toca, liberando todos os alunos da "prisão" vulgo escola. Não que eu não goste de estudar, eu adoro, mas se fosse para escolher, iria preferir ficar em casa ouvindo as histórias da minha vó, elas são às melhores:
— Hey, Jimin, acorda cara. — me asusto de princípio, entretanto, vejo que é Jihyun meu melhor amigo. — você está aí a quase 10 minutos!
— Droga! Meu Deus, preciso ir para casa. — pego minha mochila, me curvo rapidamente. — Tchau, Jihyun...
Nem espero que ele me responda, já saio correndo, ou iria perder o ônibus. Sai esbarrando em alguns alunos, sem contar que quase cai quando passei os portões:
— Vai com calma, Sr. Park! — diz o porteiro após presenciar minha quase queda.
— Sim, senhor, obrigado! — volto a correr como se nada tivesse acontecido.
Ao chegar no ponto de ônibus, me arrependo literalmente de ter "ido parar no mundo da lua" na última aula, o ônibus já havia passado, agora teria que ir apé, dou alguns soquinhos na cabeça, como punição por ser tão "tonto". Pego meus fones de ouvido, plugo no celular e escolho uma música é sigo minha viagem.
Logo começo a "viajar" mentalmente, me lembrando da minha infância, lembro dos meus pais. Respiro fundo. Sempre que me lembro da minha mãe, assemelho ela a uma rosa branca, tão delicada e pura, sorriso meigo, seus toques eram tão suaves que me acalmava.
— Que saudade de você, mamãe. — sussurro ao vento, com esperança de que onde ela estivesse, conseguindo me ouvir.
A saudade era em dobro, quando o rosto do meu pai, alcançavam a minha mente, era doloroso. Mas, depois do assalto que levou a vida deles, minha vó assumiu a responsabilidade de me criar.

"Vovó, obrigado por tudo"

— Espera... Vovó! Aí não! Como posso ter me esquecido... — realmente havia esquecido de comprar uma rosa 'pra ela como faço todos os dias. — Ah, Jimin, você além de atrapalhado, está ficando esquecido. — resmungo, dando bronca em mim mesmo.
Volto rapidamente, precisava comprar a rosa, agora onde eu poderia comprar que é o problema. Estava tão desesperado para encontrar uma loja aberta, que quando noto, não sei mais onde estou.
— Aí não... — respiro fundo, tento me lembrar os meus passos. — mas, eu vim por ali? Ou por aqui? — olho às duas curvas que eram idênticas.
Decido ir pela que mais me chamou atenção, estava ainda mais triste, não por estar perdido, e sim por não ter conseguido uma rosa para minha avózinha... Ponho outra música para tocar, e saio chutando pedrinhas na rua, ao olhar para os lados noto um jardim, que me faz para no mesmo instante, ele não era um jardim comum, as plantas não tinham vida, as pilastras estavam acabadas, quem moraria em um lugar tão grande se não pode consertar? Me afastava cada vez mais, no entanto, algo prende minha atenção, eram rosas, pequenas e brancas. Neste exato momento uma ideia idiota passou por minha cabeça.
— Não faça isso Park Jimin! — tento acessar minha consciência, entretanto ela parece estar inativa.
Acabei por não ouvir a voz do meu subconsciente, adentrando o jardim em seguida, quase todas as plantas ali estavam sem vida, senti meu coração acelerar, mesmo secas elas ainda tinham sua beleza. Olhei para alguns lados, até que encontro uma rosa, por sorte ou conhecidencia ela não estava seca, pelo contrário, sua cor era bem forte.
— Hey, que linda. — fico admirando ela por alguns segundos, pego a rosa. — Vou te levar 'pra minha casa.
Quando ia saindo escuto um barulho, o que me faz engolir em seco.
— Quem está aí? — olho novamente para os lados. — Olha, eu só peguei uma rosa. — sussurro. — Mas... se quiser eu devolvo!
— Você não pode pegar... nada desse jardim! — uma voz doce e baixinha ecoa pelo local, parecia a voz de um anjinho.
Por céus... Será que... Essa casa é realmente habitada por fantasmas? Por um monstro. Afasto cada vez mais dali.
— Deixe a rosa! E vai embora, antes que ele volte... — a voz feminina continua me "alertando".
— Ah... Rosa? Perdoe-me, não percebi! — me abaixo e ponho a rosa no mesmo local, mas agora ela está arrancada.
— Ah não! Sai... Corre! — a voz parecia preocupada, e triste, o que me fez arregalar os olhos.
— Por que? Hum? O que houve?
— Vai... Ele vai brigar se você tiver aqui, por favor, vai! E nunca mais volte...
— Min Yon-hee!? — desta vez foi uma voz grossa, voz que fez-me encolher por completo, pelo cheiro era um alfa, e estava ficando mais perto.
— Vai embora! — cochicha.
Eu não podia deixar ela sozinha, o que devo fazer?
Eu nem conheço, nem mesmo vi de quem era a voz. Decido sair correndo, não ia me arriscar.

***

— Vovó, está tudo bem? — indago olhando a mais velha.
— Sim, sim, Jiminzito... — suspira, parecia bem cansada.
— Desculpe, não conseguir te trazer uma rosa hoje, vovó. — estava bem triste.
— Jiminzito, meu querido! Não seja bobo. — resmunga. — Você me parece preocupado...
— Ah, não é nada vovó, estou meio ocupado na escola, estou cheio de trabalhos, até porque é meu último semestre.
— Entendo. Estude. — deposita um beijo na minha testa e sai.
Não adiantaria nada tentar me concentrar nos estudos, pois, minha mente me levava de volta aquele jardim estranho, especificadamente, ao momento em que escutei aquela doce voz.

"Eu preciso voltar lá"

— Eu vou voltar lá!

The Truth Untold (YoonMin-ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora