[19] Somos jovens! Vamos Festejar!

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P.O.V- Poly

Para nos certificarmos de que tudo iria correr sobre rodas e sem contratempos daqui a algumas horas, eu e a Japan convocámos todos os convidados da festa para uma pequena reunião no dormitório que partilhamos para revermos todo o plano.

A "Festinha da Meia-Noite", como a Japan insiste em que a sua festa de anos seja chamada, iria realizar-se esta noite, perto da uma da manhã, numa pequena sala de arrumações perto da sala de música do colégio.

Ninguém lá vai, sobretudo durante a noite e é apenas o pessoal da área da música que tem acesso à chave. Ou melhor, era assim que deveria ser, pois o que começou como um depósito para partituras e obras musicais, terminou como um lugar isolado e escuro, perfeito para dar uns amassos antes e/ou depois das aulas.

Posso dizer isto porque tanto eu como o Noru já utilizamos essa sala para fazer coisas como essa antes de... Enfim, chatearmo-nos e não nos falar-mos mais.

Para que tudo corresse bem, eu sugeri dividir as diferentes tarefas por todos e esse era o principal porquê daquela reunião: saber se todas as tarefas tinham sido cumpridas e, mais ainda, saber se ninguém desconfiava. Somos finalistas e como tal, devemos dar o exemplo a todos os outros alunos. Vamos ser severamente punidos pela diretora da nossa escola e pelos nossos pais caso sejamos apanhados a fazer uma coisa destas.

Mas, porra, também somos jovens. Também precisamos de nos divertir. Mais importante, também precisamos de esquecer os problemas políticos.

Nem que seja durante pelo menos uma noite.

- Então vamos rever tudo mais uma vez. - instrui, olhando na direção de todos os convidados para a festa de anos da minha amiga. - Espani, Italy, - chamei e logo ambas olharam para mim com atenção. - vocês ficaram encarregadas de arranjar comida para a festa e de a levar para a sala. Está tudo escondido?

- Está, Poly, não te preocupes. - tranquilizou Italy, com um sorriso animado.

- Bom trabalho meninas. - felicitei. - Tuga, Braz... Noru... - chamei os três, com alguma dificuldade em pronunciar o nome do representante da Noruega. - Estão prontos para fazer a ronda logo à noite? Vejam lá se não adormecem, sim?

- Que adormecer o que, rapa! - exaltou-se Braz. - Os alarmes já 'tão todos programados para tocar à meia noite e assim que isso acontecer, agente vai saltar da cama certinho!

- Sim! E nós vamos olhar para tudo com olhos de lince! - apoiou Tuga.

- Ainda bem que é assim, então..! - ri, sem colocar muita fé nos três.

- Hum... Cori e Chino... - foi Japan, ao meu lado, quem os chamou. - Eu lembro-me que vocês disseram que iriam decorar a sala. Fizeram isso?

- Fizemos, Poly! - afirmou Cori, abanando a cabeça para cima e para baixo freneticamente. - Fizemos tudo como a Japan gosta, não foi, Chino?

- Hum... Sim, foi... - respondeu Chino. - Fizemos tudo como tu gostas, Japan.

- Tudo como eu gosto? Tudo mesmo?

- Tudo, sim. - repetiu Chino. - Agora para com as perguntas. Estou com dor de cabeça.

Ao meu lado, apenas a assistir aos preparativos do seu aniversário, vi Japan apertar as mãos uma na outra para fazer o possível para não sorrir. Ela bem sabe que o Chino não gosta dela da mesma maneira que ela gosta dele, mas pelo menos uma troca de palavras harmoniosas já é melhor do que nada.

- Tudo bem, então. - prossegui com aquilo. - France, - dirigi-me ao representante da França, que estava sentado à minha frente na roda. - tu foste confiado para a missão mais importante da nossa operação: tens que tirar a chave do dormitório à Nori e usá-la para trancá-la dentro do próprio quarto logo à noite.

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