[25] Chino e Japan: O Melhor para os Dois

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[Leiam as notas finais, por favor]

P.O.V — Chino

A minha vida mudou completamente depois que ela me foi apresentada co-
mo minha noiva. Depois que eu deixei que a dona do sorriso mais lindo, do par de olhos mais intenso, da mente mais aberta e da personalidade mais única que alguma vez me apareceu à frente.

Conhecemo-nos com doze anos. Lem-
bro-me do meu pai me ter acordado cedo naquela manhã e de me ter mandado vestir as melhores roupas que eu tinha, porque eu ia estar com uma pessoa muito especial. 3 horas depois¹, eu estava no Japão.

Eu já tinha ido ao Japão quando a mi-
nha mãe era a viva e eu era mais no-
vo, tinha cerca de quatro anos, mas por ser muito pequeno, era como se fosse a primeira vez. E eu estava a adorar. Estava fascinado com tudo o que via, num lugar totalmente diferente de todos os lugares que eu alguma vez tinha visitado na Ásia. Lembro-me de estar tão imprecionado com o sítio onde o meu pai me tinha levado que nem sequer me apercebi quando ele se curvou a uma mulher de cabelos brancos e olhos castanhos, muito bonita e educada e repreendeu-me por não ter feito o mesmo. A mulher podia ter-me repreendido também, mas em vez disso achou-me graça. Lembro-me de ter gostado dela assim que a vi e de lhe ter sorrido quando ela pediu ao meu pai que não fosse tão exigente comigo.

Entramos naquele lugar. O meu pai e a tal mulher tiveram que se deslocar a uma tal sala para falar sobre assuntos de adultos, que não me diziam respeito e deixaram-me entregue a uma moça que trabalhava naquela casa, Mishima Izawa, e ela levou-me a conhecer a tal pessoa para a qual eu me tinha aperaltado todo.

Era uma rapariga. A filha da mulher que estava a tratar de negócios com o meu pai.

E, por Deus, eu achei-a linda. Extre-
mamente fofa e sorridente. Gostei dela assim que a vi.

Passamos a manhã inteira a brincar às escondidas. Nós escondíamo-nos e Mishima tinha que nos procurar. E como o sítio era bem grande e Japan conhecia-o de uma ponta à outra (pudera, era onde ela vivia), ela levou-me pelo braço aos melhores esconderijos. O primeiro deles foi na sala de convívio.

Eu não sabia o que raios era uma sala de convívio ou porque é que a casa de Japan tinha uma, mas era um bom sítio para nos escondemos. Mishima demorou mais de meia-hora para nos encontrar.

O quê é que achas os adultos estão a fazer? — lembro-me de lhe ter per-
guntado e dela ter virado a cabecinha branca para mim. Senti-lhe os olhos castanhos maiores, mais brilhantes, mais vivos naquela altura.

Acho que estão a falar sobre nós. — afirmou ela, segura disso. — Ontem, ouvi a minha mãe a falar com o meu pai no quarto. Eles estavam a falar sobre uma aliança, sobre um casamento. Sobre o meu casamento.

Mas tu és muito nova para casar! — O Chino de doze anos, apontou, incré-
dulo com a novidade.

"Nós" somos muito novos para ca-
sar. — ela corrigiu. — Ontem, enquanto os espiava, consegui ouvir o nome do meu noivo.

Woah! A sério? Quem é? — lembro-me de ter-lhe perguntado, sem fazer a mínima ideia que o tal noivo era eu.

Chino Chinese, o representante da China. Tem um nome igual ao teu, já viste?

Tem o meu nome, Japan.  — daquela vez, fui eu quem corrigi. — Eu sou o Chino Chinese. Eu sou o representante da China.

Oh... Então parece que és o meu noi-
vo.

Ela parecia feliz com aquilo. Com aquela idade, apenas um de nós tinha o mínimo de noção do significado que um casamento tinha. E esse alguém não era ela, que parecia ver tudo aquilo como uma brincadeira de faz-de-conta. Eu fiz uma cara triste, sem mesmo nem saber do porquê e ela aproximou-se e usou os dedos para levantar o meu queixo. Os nossos olhos encontraram-se. Ela era mais alta do que eu com doze anos.

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⏰ Última atualização: Mar 29, 2020 ⏰

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