O dia amanheceu com céu limpo e sol, cuja luz invadia o quarto. Gintoki acordou com o som da porta corrediça se abrindo.
— Bom dia, Gin-san! Vamos levantar e... – Shinpachi se interrompeu.
— O que foi, Shinpachi-kun...? – o albino perguntou após um bocejo.
— Você e a Tsukuyo-san...?
Ele olhou para o lado e viu Tsukuyo ainda dormindo profundamente. Pensou que ela já tinha ido embora à maneira ninja, mas ela permanecia ali dormindo, vestida com seu quimono branco.
— Não, não aconteceu nada de mais, se quiser saber. Apenas dormimos juntos, nada além disso.
— Tá falando sério?
— Tô sim. Acredite ou não, apenas dormimos juntos de forma inocente. Não teve nem "isso" e nem "aquilo"...
"... Por mais que eu quisesse.", ele completou em pensamento.
— Bem, nós recebemos um serviço pra fazer hoje. – Shinpachi disse. – Vamos procurar um cachorro desaparecido.
O Yorozuya se levantou e se espreguiçou, enquanto o garoto de óculos saía. Ouviu um gemido de Tsukuyo e olhou para trás. Ela acabava de acordar naquele exato momento, enquanto ele tirava a camisa do pijama.
— Bom dia! – ele disse. – Eu achei que você acordaria primeiro.
— Acho que eu estava muito cansada do trabalho. E vou confessar que esta noite eu pensei que você me atacaria. – ela comentou com um tom divertido.
— E eu vou fazer isso pra apanhar? – ele replicou em tom igualmente divertido. – Não vou mentir, eu tive que me segurar muito esta noite.
Tsukuyo ficou meio enrubescida, e até mesmo encabulada. Quer dizer que mais um pouco e ele a possuiria? Gintoki coçou a cabeça e prosseguiu agora num tom de voz mais sério:
— Eu só me segurei porque não quero atropelar as coisas. Não quero que pense que sou um babaca qualquer que só quer uma aventura.
Essa última frase ecoou várias vezes na mente da líder Hyakka. Quer dizer que o albino realmente gostava dela? Não duvidava tanto, mas ouvir isso da boca dele era diferente. Bem diferente.
— Bem, vou me trocar lá no banheiro. – anunciou enquanto pegava suas roupas. – Vou pedir pro quatro-olhos trazer a sua roupa.
*
Após mais um dia de serviço, o Trio Yorozuya regressava para casa. Haviam conseguido encontrar o cão desaparecido, não sem antes Gintoki tomar umas belas mordidas do animal. Porém, quem fora determinante na captura do cachorro fora Kagura, junto com seu cão Sadaharu.
— Se eu soubesse que esse Chippo não era "chippo*" coisa nenhuma, eu recusaria esse serviço... Da próxima vez que a gente for procurar cachorros desaparecidos, vamos exigir uma foto recente deles!
— Relaxa, Gin-san – Shinpachi respondeu. – Pelo menos ganhamos um bom pagamento.
— Não foi você que quase virou comida de Dobermann e ainda teve que tomar vacina antirrábica no traseiro! – Gintoki contestou.
— Você tem a tendência natural de despertar o ódio dos cachorros. – Kagura disse.
— Menos conversa fiada... Preciso chegar em casa e dar uma descansada... E ficar um bom tempo deitado de bruços. – o mais velho do trio murmurou enquanto passava a mão pelo traseiro dolorido por conta da injeção.
Chegaram à Yorozuya. Shinpachi e Kagura entraram primeiro e, quando Gintoki ia entrar, foi interceptado por alguém. Tsukuyo acabava de tirar de seus lábios seu inseparável kiseru** e soprar para cima um pouco de fumaça.
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Isto não é mais um romance água-com-açúcar
FanfictionTsukuyo sente-se pressionada a colocar para fora tudo o que sente com relação a uma certa pessoa. Como passar por cima de seus temores e admitir o que sente? E qual será a reação dessa pessoa?