Shinpachi e Kagura, montados em Sadaharu, iam invadir a tal casa abandonada, mas foram impedidos pelos dois companheiros de Namino Koji, que se posicionaram com as katanas para contra-atacar. Aparentemente, eles pareciam saber também a respeito da dupla e do inugami, que rosnava para os dois homens.
Tirar Tsukuyo daquela velha casa que começava a ficar em chamas não seria nada fácil. Precisariam de um plano.
Enquanto isso, Namino conseguiu se livrar da bokutou de Gintoki, embora este usasse sua força para travar a katana adversária. Queria tornar aquele combate mais divertido, por isso o fogo naquela casa. Sabia que, por mais que o albino fosse um ex-combatente, ele tentaria de tudo para evitar o pior à pessoa que estava correndo perigo. O pirralho crescera e se tornara um poderoso samurai.
Gintoki não tinha tempo a perder, precisava ser rápido para evitar que o pior acontecesse a Tsukuyo. Atacou novamente seu adversário, que se esquivou e contra-atacou, quase acertando seu rosto com a lâmina, se não tivesse escapado em uma fração de segundos. Esse contra-ataque custou-lhe alguns fios de cabelo, mas poderia ter levado um dos seus olhos ou, no mínimo, ter lhe deixado uma generosa cicatriz na face.
― Você é realmente incrível, Sakata-kun... Mas devo terminar minha missão de eliminar sua família do mundo dos vivos!
― Eu é que vou eliminar você do mundo dos vivos... Se sabe tanto a meu respeito, nem deveria mexer comigo!
Outra vez as duas espadas se chocaram e se travaram, com os dois homens ficando cara a cara. Koji via nos olhos rubros de Gintoki que pouco restava daquele garotinho aterrorizado de vinte anos atrás, mas ainda existia muito do lendário Shiroyasha do final da guerra. Mesmo assim, não o temia.
Tinha um trabalho a finalizar, e ele o faria!
― Normalmente, eu não costumo deixar um serviço incompleto... – Koji disse enquanto seus olhos negros encaravam os olhos avermelhados do Yorozuya e as espadas continuavam travando uma à outra. – Originalmente, eu deveria eliminar todos os Sakata e seus aliados a mando de um rival da família. Já nem lembro as motivações, mas receberíamos um pagamento bem gordo! Sim, garoto... Você também iria morrer naquele dia!
Ele se livrou novamente da bokutou do albino, que foi outra vez ao ataque e, usando sua força física, golpeou a katana e a fez cair da mão de Namino. Gintoki percebeu que ele estava desarmado e acertou mais um golpe com a espada de madeira no rosto do homem, derrubando-o no chão.
― Está esperando que eu te agradeça por você ter poupado a minha vida?! – Gintoki tentou perfurá-lo, mas ele rolou para o lado e pegou a katana para bloquear uma nova investida. – Eu não tenho nada a te agradecer!
― Não fosse por mim, você seria carbonizado com os seus pais, Sakata-kun. O Shiroyasha jamais existiria para se tornar uma lenda viva!
Koji conseguiu ver uma abertura na defesa do Yorozuya e aplicou um poderoso chute na altura do estômago. Quando ele se curvou pela força e pela dor do golpe recebido, o assassino deu um potente gancho de direita, fazendo-o sair do chão. Em seguida, golpeou seu rosto com a katana, mas pelo lado sem corte. O golpe recebido o jogou a alguns passos de distância e, quando alcançou a bokutou para contra-atacar, sentiu a ponta da lâmina da espada adversária tocando seu pescoço enquanto limpava o sangue que escorria do canto da boca devido à pancada.
― Foi divertido poupar sua vida por vinte anos, garoto... Mas preciso terminar mesmo o meu trabalho!
*
Kagura disparou uma grande rajada de tiros com a metralhadora embutida em seu guarda-chuva roxo, enquanto Sadaharu corria alucinadamente de encontro aos homens que tentavam detê-los. Um deles deixou cair a katana, a qual Shinpachi empunhou sem perder tempo e já o atacou, dando cobertura para a Yato e o inugami invadirem a casa.
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Isto não é mais um romance água-com-açúcar
FanfictionTsukuyo sente-se pressionada a colocar para fora tudo o que sente com relação a uma certa pessoa. Como passar por cima de seus temores e admitir o que sente? E qual será a reação dessa pessoa?