— Tsukuyo-nee! – era a voz de Seita. – Ele tá acordando!
Gintoki abriu os olhos lentamente, ele ainda estava meio zonzo. Havia sonhado que Tsukuyo lhe dissera que estava grávida. Mas... Será que realmente tinha sonhado? Não tinha nem como botar a culpa no saquê que tomara antes de aparecer. A última coisa de que se lembrava era de ter ouvido a kunoichi dizer que estava grávida. Depois disso, simplesmente havia apagado.
Seus olhos por fim se focaram, e ele viu Tsukuyo o encarando, completamente constrangida:
— Gintoki – ela perguntou – Você está bem?
— Acho que sim, Tsukuyo... – ele se sentou. – Apenas acho que tive um sonho meio esquisito, em que eu chegava e abria a porta do seu quarto e ouvia você dizer que estava grávida, e...
— Não foi um sonho.
Ele engoliu seco e questionou:
— N-Não...? Não foi um sonho...?
— Não. Eu fiz o teste de gravidez e deu positivo.
— M-Mas... Como isso poderia acontecer...?
— Não é óbvio? – Tsukuyo o encarou com expressão cética. – De tanto a gente transar, só podia dar nisso.
— Ahh, claro... Aí a gente "brincou" e eu te engravidei mesmo. Faz todo o sentido agora.
— Sim. Se não quiser assumir, eu vou entender.
— Ei, espera aí! Quem é que disse que não vou assumir?
— Quer dizer que...?
— Essa criança não tem culpa de existir. – ele disse com seriedade. – Não vejo problema em assumir, já que ajudei a fazer.
*
— O QUÊÊÊÊÊ?? – Shinpachi e Kagura estavam totalmente em choque.
Essa dramaticidade toda já era esperada dos dois. Gintoki bufou aborrecido. Já não bastava ele mesmo ter recebido semelhante choque? Ficava parecendo que era uma aberração.
— Dá pra pararem de drama?
— Mas... Mas, Gin-san, não dá pra acreditar! – Shinpachi disse. – Você nem se cuida, quanto mais de um bebê! Por que deixou isso acontecer?
— Ei, Shinpachi!! O mais velho aqui sou eu, esqueceu? Eu sei muito bem o que eu fiz, sei que foi um acidente de percurso, foi uma falha tanto da Tsukuyo como também foi minha, mas não dá pra desfazer o que foi feito! Eu não sou nenhuma criança e sei muito bem o que eu fiz!
— Pelo menos, eu espero que o bebê da Tsukky não seja igual a você. – Kagura opinou.
A resposta do albino foi apenas um facepalm. Haja paciência...
*
Em Yoshiwara, no entanto, a notícia a respeito de Tsukuyo não agradava a todos. O romance entre ela e o "Salvador de Yoshiwara" não era tão bem visto como se supunha. Percebiam que o ponto fraco da poderosa Cortesã da Morte era justamente o envolvimento dela com aquele homem.
Enquanto ela estava liderando a Hyakka durante as rondas rotineiras, tudo mantinha a mesma aparência de sempre. No entanto, ao final, enquanto Tsukuyo se ausentava, uma parte de suas subordinadas sempre se reunia em segredo.
Para esse grupo de mulheres, Tsukuyo não deveria se deixar levar pelo coração. Não havia condição de haver na liderança uma pessoa que estava ficando cada vez menos racional. Ela estava quebrando a promessa de renúncia que fizera a si mesma.
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Isto não é mais um romance água-com-açúcar
FanfictionTsukuyo sente-se pressionada a colocar para fora tudo o que sente com relação a uma certa pessoa. Como passar por cima de seus temores e admitir o que sente? E qual será a reação dessa pessoa?