P-ta m-rda, tá muito quente!

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Os jornalistas se dissiparam da sede da Big Hit Entertainment somente no início da tarde. O telefone da secretaria não parava de tocar e Wheein estava realmente atarefada enquanto segurava três telefones, um em cada mão e outro preso entre seu ombro e ouvido, falando descontroladamente e tentando explicar a todo custo que o dono daquela empresa realmente era um ômega. Seokjin encontrava-se em seu escritório tentando controlar-se para não mandar metade do mundo para o inferno, já que haviam muitos lhe enchendo o saco para perguntar sobre Jungkook. O CEO por sua vez encontrava-se em seu escritório, sozinho, sem atender o telefone e assinava tranquilamente alguns papeis, como se nada estivesse acontecendo.

No entanto, mesmo que estivesse ignorando a maioria das chamadas, o som do telefone tocando incessantemente começava a deixar Jeongguk realmente incomodado e irritado. Nem mesmo havia feito algo tão importante para que tamanho alarde fosse feito, certo? É. Eu sei que está certo. “Pelo amor de Deus, atende essa merda que eu não tô mais aguentando, o som desse telefone que não sai desse “pururu-purururim” tá cansando a minha beleza, ou melhor, a nossa beleza. Então atende isso logo, Jungkook, ANDA!”, pediu o lobo interno, levando o ômega a suspirar e atender aquela droga de telefone. Bufando, o Jeon atendeu.

- Fala logo o que foi, porra! – Jungkook falou num tom realmente alto, assustando momentaneamente o homem que estava do outro lado da linha. Foi quando tal homem perguntou algo em japonês que o CEO se ligou de que possivelmente estava falando com um acionista. Era melhor não abusar, pois o Japão era sua segunda maior fonte de renda depois da Coreia do Sul. Na realidade, as filiais japonesas eram umas das mais fortes em questão de lucros e vendas. – Oh, me desculpe – o empresário disse, agora falando com o seu belo e fluente sotaque nipônico. – O que gostaria de saber, Minatozaki-san?

COMO ASSIM VOCÊ É UM NÃO É UM ALFA? ALIÁS, COMO ASSIM VOCÊ É GAY?! – berrou o acionista do outro lado, fazendo Jungkook suspirar e sacudir a cabeça em negação. Mas já ia começar aquela ladainha? Não faziam nem duas horas que o empresário havia se aberto sobre si para o país (e para todo o mundo que o acompanhava, já que o Jeon não era conhecido somente na Ásia. Naquele instante o mundo todo já sabia sobre si e com certeza já estavam movimentando as redes sociais com aquela informação) e já havia gente querendo lhe dar lições?

- Gostaria de saber qual é a sua insinuação por trás dessas perguntas, senhor – Jungkook disse seco, já imaginando que o homem ao telefone iria o esculachar pelo CEO ser um homem influente, no entanto, ômega e gay. Aquilo era algo praticamente inaceitável na visão e na mente de muitas pessoas, infelizmente, porém o jovem empresário jamais admitiria pessoas com tamanho déficit mental trabalhando ao seu lado, afiliados à sua empresa e compartilhando o mesmo espaço que seus outros companheiros de trabalho. Teriam de aceitá-lo, ou ficariam a ver navios.

Como assim? Você não faz ideia do quanto as vendas da Big Hit podem aumentar agora? – perguntou o homem do outro lado da linha e Jungkook deixou a cabeça pender para o lado, confuso com a pergunta de Soichii Minatozaki. Aquele homem sempre pareceu ser bastante conservador, do tipo que sempre era impassível à respeito de coisas da “atualidade”, tais como homossexualidade, fluxo de estrangeiros e ômega tomando cargos maiores do que os de donos e donas de casa, entretanto a pergunta feita pelo mesmo deixara um ponto de interrogação bailando sobre a cabeça de Jungkook.

Hein.

- Hein? – Jungkook perguntou, realmente confuso com aquilo, já que imaginara que seu acionista provavelmente faria um escândalo de forma preconceituosa. Era fato, jamais julgaria uma pessoa sem conhecê-la muito bem. Nunca se sabe o que se passa na cabeça de cada um, nem a maneira como cada um forma sua opinião.

Jungkook-san, você imagina quantos ômegas, tanto homens quanto mulheres desistem dos próprios sonhos somente por serem ômegas? Você, além de ter incentivado muitas pessoas a não desistirem, ainda foi capaz de chamar atenção de um público maior de vendas. Se antes a Big Hit Entertainment já deixava todas as empresas concorrentes no chinelo, agora as coisas vão se superarem a outros níveis! – o acionista disse extremamente animado e sorrindo atoa enquanto falava. – Aliás, tenho excelentes notícias, ambas as três filiais japonesas estão lucrando pelo menos trinta por cento a cada mês e essa porcentagem pode aumentar depois da sua coletiva de hoje. É provável então que Jaebum-san poderá retornar para Seul dentro de cinco dias.

NO HOMO, NO ALPHA • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora