Respeite os mais velhos

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Jimin sentia uma brisa fria pelo seu corpo em pontos específicos do mesmo. Ao mesmo tempo que era frio, também era molhado e quente, o que o deixava confuso e um tanto curioso, no entanto, seu sono – ainda que fraco – estava bom demais para ser interrompido. Achava até estranho a forma como seu lobo estava calmo, sereno, e logo se lembrou de que Jungkook estava consigo. Porra, parecia um sonho! Park Jimin sabia que era um maldito sortudo em ter conquistado – ao menos era o que parecia – aquele homem tão... tão... é, não existem adjetivos que podem definir aquele homem. Na mente do alfa, o Jeon era quase um ser divino, uma obra de Deus esculpida pelos próprios anjos e que com muito pesar deixara o paraíso.

É, mais ou menos isso... por que você acha que nunca tentei dar um elogio nem mesmo ao lobo do Jeon? Até mesmo os adjetivos mais incríveis seriam uma pobreza de elogios para ele, Jimin. Eu já havia me conformado com o fato da perfeição não existir, no entanto, esse ômega maldito quebrou essa certeza com um simples piscar de olhos. Sei lá, ele mal respira e eu já derreto.” O lobo de Jimin transmitia calmamente ao seu “recipiente” tudo o que este já sabia: Jeon Jungkook era um ser perfeito, e nada faria esse pensamento mudar. Porém, em contrapartida ao fato de o lobo do alfa estar sereno, havia também uma crescente agonia e angústia crescendo no mesmo... como se faltasse algo.

Com os pensamentos justamente nessa angústia, Jimin foi despertando aos pouquinhos, até perceber que a brisa fria em seu peitoral era a respiração de Jungkook e o breve calor e sensação molhada eram os lábios do ômega se esfregando ali e beijando algumas vezes. O alfa abriu os olhos e fitou o empresário, sorrindo ao ver o topo da cabeça do mesmo e a forma como este estava entretido em seu tronco, dedilhando o peitoral e o abdômen de Jimin com os seus dedinhos arteiros e dando selares de vez em quando. Suas pernas estavam entrelaçadas, o que mantinha seus corpos mais colados, além de Jeon estar praticamente deitado sobre si.

Ao notar que o mais velho havia acordado, Jungkook olhou para cima e sorriu como uma criança ao ver o rosto inchado de Jimin, além das marcas dos chupões e das mordidas no pescoço e no ombro do mesmo. Deixou de brincar com o peitoral do hyung e rastejou para cima, o suficiente para que seu rosto ficasse mais próximo do rosto do alfa. O Jeon fechou os olhos e aspirou o cheiro de Jimin, sorrindo envergonhado ao constatar que seus cheiros haviam se mesclado. Era como... Chocolate mentolado e licor de cereja. Um perfume realmente interessante, único, e... excitante.

Maldito seja o pré-cio ômega...

- Jungkook-ah... você ficou excitado com os nossos cheiros, não é? – Jimin murmurou agora acariciando os cabelos de Jungkook, que ficou com o rosto um pouco vermelho e mordeu o lábio, constrangido, balançando a cabeça em negativa. – Não minta, eu consigo sentir, já que você me marcou temporariamente. E a cada coisa que eu falo, você se excita mais... você... quer de novo? – perguntou o mais velho, tentando absorver as informações. Seu lobo ainda não estava acostumado com sensações duplas. – Você deveria estar reclamando de dor...

- H-Hyung... é que... – gaguejou Jungkook. Não sabia o que diria ao mais velho, já que a cada segundo se lembrava das coisas que dissera enquanto transavam. A frase “meu alfa” ainda bailava em sua língua, teimando sair. Dessa forma, o ômega acabou ficando mais corado ainda. Era estranho ficar daquela forma com tanta frequência, já que geralmente não sentia tanta vergonha. Esse era o efeito Park Jimin. – Ah, eu não imaginei que... que fosse ser tão bom, sabe...? – perguntou, usando a voz de forma tão baixa que o alfa quase não pôde distinguir o que dissera. O Park então abriu um sorriso que misturava malícia e orgulho alfa e jogou as palavras no ar.

- É, você fez questão de ressaltar o quanto eu fodo gostoso, amor – Jimin disse falando tão baixo quanto o Jeon, como se aquele fosse um segredo profundo que jamais deveria ser revelado em momento algum a ninguém, e de fato poderia até ser isso mesmo. Graças à marca temporária, o alfa pôde sentir o quão afetado o mais novo ficara com sua fala, tanto que mais uma vez, pôde sentir o sabor alheio em seus lábios. – Eu ‘tô sentindo o sabor, Jungkook-ah... está ficando molhado de novo, não é? Me deixa te beijar, ômega.

NO HOMO, NO ALPHA • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora