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— Ah tudo bem! Meu nome é Aimée. — Se apresenta.

— Gwen Jenkins. — Me apresento com pressa, passando por ela.

Nem para me dar um nome descente minha mãe se prestou.

Hey Gwen, sou nova aqui também. Quer se sentar comigo? — Sugere pegando meu braço.

Não me importo em ficar sozinha, na verdade, nunca estou sozinha pois sou sempre acompanhada pelo tormento dos meus pensamentos. Mas sentia o medo de Aimée, sua mão estava gelada e suada em meu braço.

— Pode ser. — Dou de ombros. — Escolhe uma mesa, vou pegar o almoço já te encontro. — Digo e sigo caminho.

Estava atrasada então a fila não estava grande, em compensação o almoço estava acabando. O que isso quer dizer? Quer dizer que hoje, e muito provavelmente boa parte do ano, irei comer sobras.

Pego minha bandeja e caminho até a mesa escolhida pela tingida. Jogo a bandeja ao lado dela e a mesma se assusta.

— Achei que não viria. — Comenta baixo.

— Disse que viria, por que não faria? — Pergunto sentando ao seu lado.

— As pessoas são más aqui. — Conta comendo.

— Como sabe? Está aqui há um dia. — Dou de ombros dando uma garfada no purê.

Estava horrível, mas era melhor do qual comia na outra escola.

— Aquele cara lá, de jaqueta do time, derrubou meus livros e bateu com a porta do meu armário. — Compartilha chateada apontando discretamente para a mesa ao lado.

Não fazia ideia de quem era o cara já que todos usavam aquela maldita e horrorosa jaqueta. Inclusive, Billie estava lá com eles. Rindo e conversando animadamente, odiava admitir coisas, mas o seu sorriso é bonito.

— Ela é malvada, riu de mim e chutou os meus livros 'pra longe quando estavam no chão. — Diz quando me pega observando Billie.

— O professor me fez dar meu lugar 'pra ela. — Dou de ombros continuando a comer.

— O professor? — Questiona surpresa.

— Ela gritou comigo mas não saí e ele decidiu me tirar amigavelmente. — Revelo dando de ombros.

Ainda vou dar muito de ombros por aqui.

— Todos fazem as vontades dela, acho que deve fazer também. É mais seguro. — Dá uma sugestão.

— Tenho muitos problemas 'pra ficar fazendo as vontades da Eilish. — Retruco.

— Estou com medo dela. — Murmura.

— Seguinte, Aimée, quando ela encher seu saco me chama. Vou enfiar aqueles anéis todos na boca dela. — Intimo.

— Você faria isso? — Pergunta surpresa.

— Óbvio que não. — Desminto rindo a fazendo rir.

Tinha feito uma promessa, essa seria a última vez que tentaria. Se fosse expulsa de novo iria largar os estudos, por isso não deixaria nada dar errado.

[...]

Quando o horário de almoço terminou me despedi de Aimée e segui para o ginásio, queria ver o teste das meninas. Entro caminhando rapidamente e me sento em um lugar da arquibancada.

Algumas meninas vestidas de líder de torcida entraram conversando e se sentaram atrás de uma bancada. Quando menos esperava Billie adentrou o ginásio andado naquele jeito que mais parecia dona de tudo.

College • Billie Eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora