Epílogo

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— Claudia chegou, trouxe Sarah 'pra conhecer nosso baby boy. — Sorri Billie com o menininho que dormia em seu colo.

— Disfarçou minhas olheiras? — Pergunto saindo do banheiro disponível no quarto onde estava internada, mostrando a breve e simples maquiagem que havia feito.

— Você 'tá linda. — Elogia.

— Você sempre diz isso, se eu acabar de ser atropelada vai dizer a mesma coisa.
— Reviro os olhos rindo antes de fechar o hobbie que usava.

Somos cortada por leves batidas.

— Senhorita O'Connell, você tem visitas. — A enfermeira avisa assim que abre a porte dando espaço para Claudia e a garotinha tão conhecida entrar, tímida agarrada na mão da mãe.

— Obrigada. — Agradeço dando cautelosos passos ao sofá me sentando com calma. — Princesa você veio? Que lindo o seu cabelo. — Elogio seu cabelo castanho claro que estava com nuances em zul e rosa pastel.

— Ela foi em uma festinha de uma amiga e passou spray, vai demorar algumas lavagens 'pra sair. — Claudia conta andando em direção a Billie após passar uma quantidade razoável de álcool em gel nas mãos.

— Quero passar também. — Pede Sarah no auge de seus sete anos.

— Tudo bem, quer ajuda? — Indago a vendo concordar.

Levanto e pego o tubo de álcool em gel despejando um pouco em suas pequenas mãos e o devolvendo para o lugar.

— Agora é só espalhar, igual ao sabonete. — Falo a observando fazê-lo rapidamente.

— E esse olhão azul cara? — Comenta a de olhos esverdeados pegando o menininho no colo com cuidado.

— Billie e eu ficamos conversando essa madrugada, se ia ficar assim ou escurecer conforme ele for crescendo. — Conto sentada com Sarah em meu colo que olhava as pulseiras hospitalares em meu pulso.

— Passaram a noite em claro? — Pergunta.

— Ele nasceu à tarde, dormiu o dia todo. Lá pelas oito da noite acordou e passou a noite toda de olho aberto olhando as coisas, foi muito fofo. — Diz Billie sorrindo.

De fato, ficou a noite acordado era entrecortado por rápidos cochilos mas passamos muito tempo conversando com ele e o observando. Tão pequeninho e perfeitinho, estava apaixonada.

Ontem, quando tive o bebê resolvemos não ter visitas. Ficamos só nós três juntos apreciando todos os momentos.

Apesar de que hoje estava pior, por conta da noite em claro e também por estar dolorida era mais cômodo receber alguém. Os momentos mais importantes já tinham passado.

— Como foi? — Pergunta Claudia curiosa.

— Amada? É a primeira e última criança que sai de dentro de mim. — Falo a fazendo rir alto.

— Daqui uns anos não vai lembrar mais dos perrengues, vão ficar só os momentos bons e vai querer ter outro. — Fala.

— Sem chance. Vou aproveitar todos os bons e maus momentos que é 'pra não esquecer nunca mais. — Brinco. —Brincadeiras a parte, foi muito especial, foi uma experiência que me fez mudar os olhos diante de mim sabe? Sou muito, muito mais forte do que imaginei. Todas essas hora de dores só me fizeram amar mais esse bebezinho. — Compartilho emocionada limpando algumas lágrimas.

— Alguém já está sofrendo com a queda hormonal. — Ri a castanha. — Eu entendo Gwen, são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo. — Se senta ao meu lado monstrando o pequeno pacotinho para Sarah.

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