Corri até o hospital, não teria paciência de esperar um carro por aplicativo e muito menos andar.
Estava amanhacendo e os meus sentimentos se encontravam confusos e nublados diferentes do belo Sol de final de verão que começava a nascer no céu.
Adentro o hospital ofegante, desesperada, e dou passos rápidos até a recepcionista.
— Bom dia, posso ajudá-la? — Indaga atenciosa.
— Preciso ver Billie, Billie Eilish O'Connell. — Digo rapidamente.
Ignorei os outros trocentos nomes, por que ela tinha tantos nomes hein? Isso dificulta a minha vida pois esqueço da metade em momentos como esses.
— Ela está no quarto 401 do segundo andar. Irei te identificar. — Avisa buscando por algo sobre a sua mesa.
Rapidamente tenho o adesivo colado sobre a blusa de moletom de Billie que inclusive tinha o seu cheiro, de perfume masculino, amadeirado que marcava cada lugar que encostava.
[...]
O elevador se abre, dou passos rápidos intercalados com pequenas corridas pelo enorme, branco e solitário corredor.
Logo avistei a polícia e algumas pessoas que não conhecia, exceto por Finneas, que pareceu perceber de quem eram as peças de roupa que usava.
Me aproximo em um andar tímido.
— Senhorita Jenkins, que bom que veio, posso falar com você? — Um oficial me chama e concordo o seguindo para um lugar um pouco afastado. — A Senhorita O'Connell foi encontrada baleada, chorando com o corpo desacordado da moça chamada de Danielle Bregoli, tem algo sobre elas que a gente deveria saber? — Pergunta educadamente.
Sentia o olhar de Finneas queimar em mim. Uma palavra, uma única palavra, podia entregar tudo e abrir uma investigação aprofundada sobre todos nós e aí? Todo mundo ia em cana.
— Bom, nada muito diferente do que várias histórias de adolescentes por aí. — Dou de ombros. — Ela não aprovava o relacionamento de Billie comigo, só isso, não imaginei que isso acabaria desse jeito afinal, todos sofremos desilusões no amor. — Falo devagar e com cuidado o vendo concordar e anotar algo no bloco de notas.
— Mas você sabia que elas estariam juntas em um Motel? — Questiona.
Irei ter que dar uma de noiva traída. O encaro e nego em um movimento com a cabeça deixando uma lágrima escapar.
— Bom, antes de tudo acontecer, elas tiverem relações. — Avisa.
Finjo um choro, sendo honesta, era de verdade mas por outros motivos o que me faz parecer verdadeira na medida do possível.
— Não fique assim. — Põe brevemente a mão sobre o meu ombro em um ato de me consolar. — Pelo andamento da investigação e os depoimentos dados o caso será encerrado como legítima defesa, não se preocupe quanto a isso. — Fala com um pesar na voz, deixo um soluço escapar e concordo com a cabeça. — Quer um copo de água? — Pergunta e concordo novamente.
O policial se afasta e ando em direção a uma cadeira próxima a família de Billie, me sento lá e sem demora o gentil oficial me concede o copo de água gelada se afastando e voltado a sua posição inicial.
Seco minhas lágrimas com a manga do moletom e bebo a água em goles pequenos, minha garganta estava com um nó de angústia e se desse grandes goles tinha a impressão que engasgaria.
Meu celular vibra e o tiro sem vontade do bolso da calça de mesmo tecido da blusa. Era Finneas, me perguntando sobre o meu depoimento, contei o que disse e o mesmo agradeceu, não só por mensagem mas com um sorriso gentil no rosto assim que dirigi meu olhar discretamente para ele.
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College • Billie Eilish
Fiksi PenggemarSer odiada pela capitã do time de futebol americano é minha maior qualidade. · · [Todos, absolutamente, todos os eventos presentes e pré-existentes nesta história é apenas e somente ficção.] · Terminada em 14 de Maio de 2020.