Não sabia exatamente se iria ao Parque naquela noite. Não me imaginei em uma situação dessas até estar em uma, ela vai passar a noite comigo e no dia seguinte vai agir como se nada tivesse acontecido, não que eu ligue, mas ainda assim continuava sendo injusto com Danielle.
Parece que mesmo tentando fazer coisas certas tenho que começar fazendo torto, dizem que coisas tortas nunca se ajeitam, talvez seja verdade. Suspiro e me dou por vencida fechando a porta de entrada, a fazendo bater em um barulho alto pela força que usei.
Essa noite, diferente daquela quando estivesse aqui pela primeira vez, estava fria também porém uma blusa de moletom dava conta, o que era bom. Não estava afim de cometer um pecado quase morrendo de hipotermia.
[...]
Os fones são puxados bruscamente dos meus ouvidos me fazendo olhar imediatamente para trás. Billie.
— Você veio. — Comenta.
— Não deveria, mas aqui 'tô eu. — Rebato.
— Por que não deveria? — Indaga confusa.
— Danielle. — Digo clara.
— Não existe Danielle aqui, só o que queremos fazer. — Diz me deixando calada.
— Ainda não sei se quero cometer um dos pecados capitais. — Falo a arrancando uma risada.
— Sério Gwendoline? Achei que não ligasse 'pra esse tipo de coisas. — Me encara firme.
— E não ligava até ter que fazer. — Rebato.
— Um pecado a mais, um a menos. Não faz muita diferença te garanto. —Sorri de lado.
— Você parece o Diabo tentando me convencer a fazer coisas erradas. — Sorrio.
— Vamos Gwendoline. Uma noite. — Sussurra perto do meu ouvido e fecho os olhos. — Uma noite inteira com a garota que você quer. Sem roupas, usando as mãos, a boca. Sentindo o gosto dela, ouvindo os gemidos dela, as expressões. Tudo isso bem na sua frente, é só agarrar. — Beija o meu pescoço.
Passo minha mão direita pelo seu ombro e a guio até sua nuca entrelaçando meus dedos nos cabelos ali presentes. A puxo rente ao meu rosto. A forma como o seu perfume mexia comigo, a respiração contra o meu rosto, as mãos em minha cintura. Dane-se. A beijo apressada, chegava a ser desengonçado. Suas mãos invadiram o moletom que usará dedilhando minha barriga.
— Vou te levar 'pra um lugar melhor. — Fala após prender meu lábio inferior entre seus dentes.
[...]
— Um quarto de motel. — Sorrio fechando a porta.
— O Master. — Rebate.
— Não mereço menos do que isso. — Dou risada a fazendo rir.
— Você merece mais do que isso Gwen. A minha cama, no meu quarto. Desculpa. — Diz e sela minha bochecha carinhosamente.
Não falo nada e começo a retirar minhas roupas ficando de calcinha e sutiã.
— Tira a roupa vamos, sei lá, fazer coisas idiotas. — Sugiro.
Ando em direção ao frigobar, em cima do mesmo tinham taças e uma champanhe no gelo. Sorrio e pego a mesma.
— Eu não bebo. — Diz Billie me arrancando uma risada alta. — O que? — Me olha confusa.
— A maconha e o vinho foram delírios? — Pergunto.
— Momentos ruins. — Responde.
— Pois agora são momentos bons. — Falo abrindo a garrafa. Nunca estourei champanhe na vida.
Coloco um pouco na taça, e levo a boca dando um pequeno gole seguido de um generoso. Era gostoso. Billie não iria beber, era engraçado o tanto que em uma hora fazia coisas e em outra não.
Não penso duas vezes e viro a champanhe em meu corpo, sinto o peso do olhar de Eilish sobre mim.
— Você ainda não quer beber? — Pergunto largando a garrafa após dar um último gole na mesma, quase vazia, para andar em sua direção.
— Gwen... — Fala prendendo a língua entre os dentes.
Me ajoelho na cama a puxando para um novo beijo. As luzes avermelhadas de led no teto me faziam a ver de um jeito diferente, como se fosse possível ela ficar ainda mais atraente. Acabei observando que sempre vestia calcinhas pretas, não estava reclamando, a cor se destacava e conversava super bem com sua pele clara, praticamente pálida.
Sua boca se fechou em meu pescoço diversas vezes enquanto a minha se abria em ofegos baixos assim que sentia o contado quente da sua língua na pele agora fria do local pela bebida gelada. Estava com inveja de Danielle por ter tido ela durante todo esse tempo, mas recuso a acreditar que Billie transava com ela com tanta vontade como fazia comigo.
A trago para perto do meu rosto usando como vantagem meus dedos em sua nuca, com isso interrompo seus beijo e lambidas em meu pescoço, apenas queria poder a ter entre meus lábios. Saber a sensação de tê-la de novo como naquela noite no capô do carro da rua que me perseguia.
Prendo entre meus dentes seu maxilar antes de descer para o seu pescoço, o marcando, queria a deixar marcas. Já que sua mente parecia esquecer deixaria lembranças para que se recordasse.
— Não acha melhor, não deixar marcas? — Pergunta baixo.
— Irei marcar você inteira 'pra que não esqueça de mim. Nunca. — Respondo contra seus lábios avermelhados.
Desço por sua clavícula chamativa dedico um tempo ali antes de levar minhas mãos para suas costas abrindo o sutiã. A empurro pelo ombro cuidadosamente para que deitasse, e assim foi feito. Suspendo meu peso por cima da de cabelos azuis a beijando sentindo a parte de cima da langerie que usará ser aberta. Me livro da peça rapidamente assim que a mesma escorrega pelos meus braços.
— Será que azul é a cor mais quente mesmo? — Pergunto com a cabeça em seu pescoço ouvindo uma risada sua.
— Quem experimentou nunca reclamou. — Guia meu rosto para perto do seu. — Bom apetite amor. — Passa a língua sobre seus lábios rapidamente.
Sorrio e escuto meu celular tocar. Levanto atrás do mesmo, ninguém me ligava, ninguém. O que me faz pensar que tem algo de errado. O acho e atendo sem nem mesmo conferir o número.
— G? — Ouço a voz preocupada de Jake.
— Eu. — Respondo.
— Me desculpa. — Pede em um tom choroso.
— Desculpa pelo o quê? — Indago recebendo o silêncio como resposta. — PELO O QUÊ JAKE? ANDA! FALA!
— Sua mãe... Ela, ela veio aqui com uma crise de abstinência, pegou as drogas e não pagou, meus amigos a mataram. Eu não estava aqui me desculpa, não sabia, você sabe que impediria. — Revela desesperado.
— Vai se foder. — Digo baixo e finalizo a chamada.
— Amor? Tudo bem? — Billie questiona vindo em minha direção.
Me limito a acenar negativamente com a cabeça e sento no chão olhando para o nada. Não estava triste, estava muito fodida.
{···}
Bem-vindos a nova Era de College.
Cuidem-se.
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College • Billie Eilish
Fiksi PenggemarSer odiada pela capitã do time de futebol americano é minha maior qualidade. · · [Todos, absolutamente, todos os eventos presentes e pré-existentes nesta história é apenas e somente ficção.] · Terminada em 14 de Maio de 2020.