Come To Brazil • 𝐙𝐢𝐨𝐧 𝐊𝐮𝐰𝐨𝐧𝐮

Capítulo Doze

Los Angeles, Califórnia.
24 de fevereiro de 2018.
14:23

- Uma boa viagem, senhor.

Zion sorriu gentilmente para a moça de cabelos louros e franja, que estava atrás de um balcão da companhia de voos.

- Obrigado!

Agradeceu e pegou sua passagem.

Ainda não conseguia acreditar no que realmente estava fazendo. Ele iria viajar para o Brasil. Aquilo era algo que nunca conseguiria imaginar que aconteceria.

- Cara, ainda não acredito que você vai mesmo pro Brasil.

Brandon murmurou. Andava do lado de seu amigo, ainda sem conseguir acreditar.

- Eu disse a Valentina que não se surpreendesse se eu aparecesse por lá.

- Mas achei que não fosse sério. Pensei que tinha falado apenas por falar. Mas, cara... Brasil...

- Eu sei.

Zion parou no aeroporto, perto da porta de vidro acrílico. Suas malas já haviam sido despachadas e se encontrava de frente para a porta de saída. Depois que atravessasse aquela porta, mudaria seu rumo por completo.

Brandon lhe deu um forte abraço e leves batidinhas nas costas.

- Acho que chegou a hora. - Brandon falou, assim que o voo foi anunciado pela segunda vez. Partiram o abraço e se encararam por breves segundos. - Tem certeza do que vai fazer? Sabe que a passagem é só de ida, né?

- Sei e não tenho dúvidas do que quero fazer. Sabe, depois do que houve com a avó dela e vê-la tão frágil daquela forma, percebi que não posso protegê-la de tão longe. Eu quero estar com ela, Brandon. Eu quero poder abraçá-la. - os olhos de Zion brilhavam ao falar dela. - Valentina foi a única garota que foi capaz de fazer eu me apaixonar de verdade. Ela roubou o meu coração.

- Nossa, quem diria que o Zion, o nosso Zion iria se apaixonar algum dia. O amor realmente pode fazer milagres.

Os dois riram entre si. Fizeram um high five e se abraçaram pela última vez. Zion passou pela porta de vidro e andou rapidamente até o avião que já estava de partida. Virou-se algumas vezes e avistou seu amigo ainda parado, lhe vendo se distanciar cada vez mais.

Já dentro do avião, Zion sentia seu coração acelerado. Não tinha dúvidas do que estava prestes a fazer e não se arrependia por ter tomado aquela decisão.

Ao pensar em Valentina, um sorriso involuntário surgiu em seus lábios e sentiu suas mãos suarem.

Realmente não se arrependia do que estava fazendo.