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Nunca soube bem como é ter um anjo, mas posso dizer que a sensação é maravilhosa. Eu tenho um, esse anjo tem uma voz linda, um sorriso encantador e olhos que te aconchegam. Meu anjo não se esconde, não me rejeita, não se enche de orgulho. Deus ouviu minhas orações, pedi um anjo e Ele foi muito além disso, me deu uma pessoa que eu posso abraçar, posso olhar, apertar e sussurrar o quanto eu o amo. — com agnesc
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Eu lia e relia aquela postagem. Primeira vez que há uma postagem me mencionando no perfil dele, e meu coração estava até quentinho com tal atitude. Rapidamente eu fui sendo mencionada em ig's de fofoca. Camilla que estava na sacada mexendo no celular, veio correndo e gritando na sala, eu já estava rindo, porque sabia o que era
— Você viu?
— Vi né...
— Preciso conhecer esse boy — Camilla disse, e suspirou de uma forma apaixonada, minha mãe se aproximou e eu fiz sinal de silêncio
— O que a garotinha estava aí falando?
— Olha esse post que o Vitão fez pra Agnes — foi a mesma coisa de dizer para falar pra todo mundo, cruzei os braços
— Ai minha filha, acho que esse menino ama você — dei risada
— Tem dúvida, mamãe? — peguei o celular da Camilla da mão dela — Vamos atrás de bebida, pelo amor de Jesus — sai puxando ela pra cozinha, peguei cerveja e ela pegou uma taça com gin, que meu pai preparou. — Que horas seu boy chega?
— Depois da ceia, mulher
— Sua mãe sabe? — eu sorri amigavelmente
— Surpresa para todo mundo, amiga. — falou enquanto mexia no celular
— Era uma surpresa né? Porque você acabou de fazer o que eu não queria — ela me olhou assustada e eu fui pra perto da mãe dela — Tiaaaa, tenho uma novidade pra você
— Que você tá de namorico com aquele menino do cabelão?
— Não, que a sua filha tá de namorico e não teve a audácia nem de me apresentar
— É o que? — Fábio, que era o pai da Camilla falou enquanto bebia, dei risada. Camilla se aproximou e pegou no meu braço
— Essa cobra tá com a língua grande, hein — dei de ombros, fiquei bebendo a cerveja enquanto conversamos ali entre nós.
Estava próximo a 00:00 e eu tava na quarta lata de cerveja e com fome, quando o horário mudou eu desejei feliz natal pra todo mundo e fomos comer. A gente conversava e ria durante o jantar, meu pai era um piadista e adorava contar do seu passado para gente.
A campainha da casa da Camilla tocou, e ela foi atender. E eu fui fazer xixi, porque a gente bebe cerveja e abre uma torneira na bexiga. Eu já estava com uma visão turva, mas estava bem. Peguei meu celular e a última visualização do Victor foi na hora da video chamada e agora era 01:45, liguei pra ele e ouvi um celular tocando fora do banheiro. Que coincidência. Não atenderam o telefone lá fora, e quando parou de chamar o celular lá fora parou de fazer o toque. Não seria possível tanta coincidência. Eu lavei minhas mãos rapidamente e sai correndo do banheiro, estava uma falação na sala e eu fui pra lá. Eu não acreditei, sério. Até achei que era o efeito da bebida, ele me mediu da cabeça aos pés e eu não tive outra reação a não ser correr pra ele e o abraçar, seus cachos de leão estavam soltos e ele estava lindo, seu perfume exalava no meu abraço. Quero morar aqui.
— Eu não acredito que você está aqui — apertei ele
— Mas eu te avisei que viria te buscar — deu risada, e eu olhei pra ele, selando nossos lábios. — E que te veria mais tarde, dei um jeito pra ver minha nega.
— Amiga? — Camilla me chamou e eu me virei pra ela, não acreditei e já dei risada ao ver aquele casal na minha frente.
