72

137 11 5
                                    

— Mas você já conversou com ele sobre essa falta que você sente? — Caio me aconselhava

— Quando toco no assunto e falo da Ayla, ele desconversa, fala que vai dar um jeito e ele é tão de boa — respiro fundo cansada — O jeito calmo dele me conquistou, mas agora parece que ele é calmo para tudo sabe? Se houver briga entre nós dois, saiba que a culpa é minha porque eu sou a louca da historia, porque ele tá de buenas e eu surtando batendo cabeça com problemas.

— Tu não tá conversando direito, garota! Tem que mandar a real, Agnes. Victor, é assim assim e assim, é nessa condição. Fora isso, você tá soltando cifradas pra ele — ele falava enquanto analisava minha situação e gesticulava na mesa

— Êh porra, é amigo dele agora? — dei risada e dei um tapa nele

— Sou sensato, pediu conselho e eu tô dando. A Ayla não vai esquecer o pai dela, mas tu tem que trocar ideia pra não ter problemas com ele futuramente, entendeu? Até pelo bem do relacionamento de vocês, vão casar assim?

— Eu não sabia que tu era psicólogo, cara

— Eu tento — fez cara de metido e demos risada — Não sou psicólogo, mas na hora de ser amigo, eu tento — ele sorriu e eu abracei ele de lado, colocando a cabeça no ombro dele

— Vou ver o que faço da minha vida. — respirei fundo, ouvi as crianças batendo palma e ali me toquei que a apresentação tinha finalizado. Vi a Ayla levantar e se aproximar da gente, Caio a pegou no colo porque ela pediu — Vamos embora?

— Mamãe, eu tô com sono — ela se aconchegou no pescoço do Caio e fez bico

— Vem com a mamãe — eu estiquei as mãos e ela negou, uma traíra eu criei.

— Eu levo ela até o carro, depois te dou — Caio falou e eu concordei, fomos caminhando conversando indo para o estacionamento. Caio me deu a Ayla que já tinha dormido e eu entrei atrás, ele dirigiu até minha casa

— Já que você quem fez o convite pra gente hoje, amanhã podíamos ir em um clube, o que você acha? — Caio me olhou pelo retrovisor

— Claro. A minha estadia nesse país está ficando perfeita — eu dei risada e neguei com a cabeça, Caio abriu a porta pra mim e eu entrei em casa — Vamos se falando, beleza? — eu concordei e dei um beijo em seu rosto

— Boa noite, Caio. E obrigado!

Entrei em casa com a Ayla no meu colo, eu acordei ela pra trocar de roupa e a vesti com o pijama dela.

— Mamãe, e o papai? — Ayla questionou e eu peguei o celular, vendo chamadas perdidas do Victor, encolhi meus ombros

— Sábado ele tá aí, tá bom? Dorme pra chegar mais rápido — fiquei acariciando a sua cabeça enquanto ela fechava os olhinhos, ela dormiu de vez e eu fui pro meu quarto.

O relógio marcava 01:20 e eu não tinha visto a hora passar tão rápido, Vitão deveria estar se apresentando essas horas, então decidi nem ligar. Eu troquei de roupa e deitei, caindo em um sono.

Eu me encontrei em você/VitãoOnde histórias criam vida. Descubra agora