Patrulha Noturna

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EVIE RODWELL

Eu estava preocupada com Alec, eu sei que ele está se culpando pelo que aconteceu com Jocelyn, mesmo que ele praticamente não tenha culpa pelo o que aconteceu. Jace havia tentando falar com ele inúmeras vezes —  até porque ele o entende melhor que ninguém — mas nada o fazia escutar, e nada do que eu fosse dizer ajudaria também. A esperança que me resta é que ele possa passar por isso.
O instituto toda ainda está se recuperando do ataque, pessoas perderam seus companheiros e parentes. Os irmãos do silêncio estarão amanhã para o rito de passagem, e Clary e nem Alec parecem preparados para isso. Mesmo com tudo o que aconteceu, não podemos desviar do nosso principal foco, caçar e matar demônios. 

— Evie, você vai para a Patrulha Noturna, vai ficar no norte da cidade com cinco shadowhunters —  uma shadowhunter me avisou e assenti. 

Procurei meu arco e flecha, e o arrumei junto com punhais e adaga que levaria por precaução. Eu não havia visto Isabelle, nem Alec, Jace e muito menos Clary e nem os veria tão cedo. Mesmo que eu sentisse que precisasse saber que eles estão bem, não teria tempo para fazer isso, mas sei que de qualquer forma estão cuidando de si mesmos.

Segui para as ruas com os outros soldados e passamos a patrulhar. O norte da cidade estava calmo até demais. Sem demônios, sem submundanos atacando, o que chega ser estranho. Só que a calmaria passou rápido.

—  O instituto recebeu um alerta de ataque de demônio em um prédio abandonado quase na saída pro sul da cidade —  disse uma shadowhunter guardando seu celular no casaco. 

— Vamos pra lá 

Seguimos para o tal prédio abandonado, e entramos já preparados para o que pudéssemos encontrar. Olhei para cada parte do lugar e não vi nenhum corpo mundano ali, muito menos um demônio. 

— Tem total certeza? —  ouvi o outro perguntar a menina que assentiu. 

Subimos para o segundo andar, as escadas eram de madeiras e já estão quase desabando com o tempo que estavam ali. Entramos no segundo andar, e tudo está escuro, até que ouvi um rosnado baixo. Soltei a flecha a onde ouvi o rosnado, e veio um ganido. 

A shadowhunter do meu lado tirou a pedra da luz e vimos milhares de raveners ali, é como um ninho. Me agachei de um que tentou pular em mim, e atirei flechas naquelas que estavam nas paredes. Chutei o outro que foi parar direto na espada de Stephanie Byers, e acertei com o meu arco um que tentou se aproximar da minha perna. Vi milhares pularem nos demais shadowhunters, e tentei acertar flechas para livrá-los, mas eu precisava defender a mim mesma.

—  EVIE — ouvi Stephanie gritar antes de ter as garras do ravener sem enfiado no seu peito, e ela soltou um grunhido doloroso. 

—  MERDA —  gritei. Um ravener pulou em mim, e antes que sua boca chegasse perto do meu rosto, eu enfiei o arco na boca dele e o joguei pro lado. Até que senti uma dor insuportável na perna e gritei, olhei para baixo e vi um deles mordendo a minha perna, parecia tentar arrancar. Tirei o punhal e joguei contra ele o matando, e com a outra cravei naquele que estava com meu arco agora destruído. Mais vieram pular em cima de mim, e eu deixei que a magia explodisse os desintegrando. Era a única forma mais fácil de me defender, só que mesmo assim mais foram aparecendo. 

Eu não sei de onde mais haviam surgido, mas fiz movimentos com a mão os destruindo, e ainda sim eram demais até pra mim. Até que senti minha visão ficar turva, era o efeito da mordida, veneno de demônio. Por ser parte feiticeira, eu tinha a dúvida se o veneno me faria alguma coisa, agora tenho a certeza que sim.
Mesmo assim continuei lutando, mesmo que minha visão não colaborasse, e soltei um grito com uma mordida no pescoço e tudo escureceu. 

𝐴𝑠𝒉𝑒𝑠 𝑜𝑓 𝑡𝒉𝑒 𝒉𝑒𝑎𝑟𝑡 ○ 𝐛𝐨𝐨𝐤 2Onde histórias criam vida. Descubra agora