Beijo inesperado

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EVIE RODWELL

Eu retornei ao Instituto após deixar um Magnus mais distraído e feliz em seu apartamento, longe de toda a melancolia de todos os acontecimentos que o fizeram sofrer. Eu fiquei mais feliz também após aquele tempo que ele.
Assim que finalmente entrei no prédio angelical, notei o alvoroço dos caçadores e macas passando com mortos para todos os lados.

— O que está acontecendo? — perguntei ao shadowhunter que está levandp a maca.

— Encontraram mais três corpos mortos da nossa espécie. O primeiro parece ter sido atacado por um lobisomem, e esse agora por um feiticeiro, cavaleiro Seelie e vampiro  — me explicou e arregalei os olhos.

— Acho que isso deve ser uma revolta do submundo por conta do que aconteceu aqui no Instituto com a espada-alma — disse outra shadowhunter.

— Pode ser — considerei.

— Os corpos vão ser levados para a autopsia na sala de laboratório, a inquisidora quer uma reunião geral — avisou.

Assenti e fui até o centro do Instituto, e logo todos os shadowhunters já estavam reunidos ali para ouvir minha avó falar.

— Acredito que estamos lidando com uma revolta do submundo, por isso iremos fazer testes para sabermos se há DNA de algum dos submundanos locais. Quero também deixar avisado que em breve estarei voltando para Idris, e por isso Jace Herondale foi escolhido para ser o diretor do Instituto. Ele começará assim que eu for embora. Estão dispensados — ela deu as costas e foi seguida pelos seus soldados, e logo a multidão se dissipou.

Eu não tenho nada contra Jace, mas está óbvio que Imogen está fazendo isso porque é o neto dela. Ele é completamente despreparado para assumir um cargo como esse, diferente de Alec que treinou a vida toda pra isso.
Eu decidi ir saber mais sobre essa operação com os submundanos, quando senti uma mão me puxar pela cintura.

— Finalmente você chegou — Alec me abraçou — Não sabe o quanto senti sua falta essa noite.

— Eu também senti — Me estiquei um pouco por não estar com meus saltos para conseguir beijá-lo, o que rendeu a uma risadinha dele — Já tem a certeza que é realmente o submundo?

— Bom, fizemos um exame no primeiro corpo e não tem nenhum DNA do Luke. Agora iremos fazer os demais com os submundanos que são nossos amigos.  Você sabe. Simon, Magnus...

— Temos que fazer isso logo para liberar nossos amigos.

— Seria bom se você falasse com o Magnus, avisá-lo e ele pode nos ajudar. Existe milhares de submundanos por Nova York, não vamos conseguir falar com todos. Além de que precisamos do DNA dele. 

— Vou fazer isso agora mesmo — Lhe dei um selinho rápido.  Até que vi Sebastian se aproximando.

— Ei Evie, o Magnus está bem? — questionou parecendo preocupado, e Alec revirou os olhos. 

— Vou deixar os melhores amigos conversarem

Antes que eu pudesse impedi-lo, Alec se afastou em passos rápidos.

— Acho que as mortes estão deixando ele estressado — comentou. 

— Com certeza — sussurrei — Enfim, respondendo sua pergunta, sim o Magnus está bem e eu também. 

— Você e ele parecem ter uma ligação muito forte — cruzou os braços e saímos andando devagar pelo centro do instituto — A forma como o abraçou e o consolou, foi como se estivesse pronta para morrer por ele se fosse preciso. 

𝐴𝑠𝒉𝑒𝑠 𝑜𝑓 𝑡𝒉𝑒 𝒉𝑒𝑎𝑟𝑡 ○ 𝐛𝐨𝐨𝐤 2Onde histórias criam vida. Descubra agora