Representante dos Anciãos

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EVIE RODWELL

Segundo Imogen, Valentim pediu para que Magnus seguisse para o apartamento sozinho. Ele foi até lá sozinho, mas saímos atrás em seguida para não deixarmos Valentim escapar.

— Não entendo porque você trouxe ele — Alec resmungou para Clary que trouxe Sebastian.

— Quanto mais ajuda, melhor —  respondeu indo entrar no apartamento, mas foi puxada por Alec.

— Alas montadas — Sebastian avisou.

— Se você tentasse passar por isso, não seria legal. Além de que precisamos ter a certeza que eles já destrocaram os corpos —  falei para Clary.

—  Sebastian, você me disse que Valentim não teria poderes de feiticeiro — Clary disse para o loiro.

— Como sempre, ele desafia as expectativas — Sebastian revirou os olhos.

Tirei a minha Estela de dentro do casaco, e ativei a runa da audição. Ignorei tudo ali ao redor, e me concentrei em ouvir o que está acontecendo lá dentro. Pelo o que eu entendi, Magnus está fazendo a poção e Valentim ainda o ameaça.

— Estão prestes a beber —  avisei.

— Vamos Clary, você consegue — Sebastian a incentivou, mas ela não conseguia fazer a runa que derrubaria as alas montadas.

Eu poderia derrubar aquelas alas em apenas um movimento, mas não ia me arriscar. Agora se eu ver que Magnus estava realmente correndo perigo, eu o farei.

— Escuta — Sebastian a puxou pelos ombros —  Sua mãe morreu e não vai voltar, assim como Jace não é seu irmão, e você se sente sozinha porque seu pai é um monstro e nunca vai amar você. Ele só queria usar você.

— Não está funcionando — Alec tentou se meter.

— Você queria muito um irmão para ter que compartilhar a dor. Sabe essa sensação de vazio que consome sua alma e faz você querer morrer? Dia após dia, nunca para. Apenas pegue essa dor e use-a — Ele estendeu a Estela para Clary.

Ouvi o barulho de uma explosão mágica, e tive a certeza que já estão destrocando os corpos.

— Agora — ordenei.

Clary olhou para as alas e começou a desenhar as runas com um olhar de convicção. Até que as alas caíram, e entramos correndo.
Magnus tentava inutilmente segurar Valentim, até que ele correu para o portal, e Clary foi atrás entrando junto com ele. Só que eu sabia o plano, o portal levaria direto para a cela do Instituto.

— Você está bem? —  perguntei segurando o rosto de Magnus.

— A runa da agonia me fez rever memórias que eu passei séculos tentando esquecer —  ele fungou tentando segurar as lágrimas — mas o que me alegrou foi ver que de todos, você foi a única que acreditou em mim e tentou descobrir a verdade, que me abraçou quando eu precisei naquele momento.

— Eu sempre vou estar aqui para você, Magnus. Do mesmo jeito que você sempre esteve aqui para mim — fiz um carinho em seu cabelo.

— Uma hora dessas o crápula deve estar de volta em sua cela — disse Sebastian observando nós dois.

— Vamos voltar para o Instituto — disse Alec me encarando, mas eu vi que nos seus olhos havia dúvida se eu o seguiria ou não.

— Eu vou ficar aqui com o Magnus.

Alec assentiu e saiu junto com a Sebastian, desejando boa noite a caminho do Instituto.

— Você precisa de um banho, aí vamos comer algo e você vai descansar — falei acariciando seu cabelo, e ele assentiu como uma criança como obedece a mãe.

𝐴𝑠𝒉𝑒𝑠 𝑜𝑓 𝑡𝒉𝑒 𝒉𝑒𝑎𝑟𝑡 ○ 𝐛𝐨𝐨𝐤 2Onde histórias criam vida. Descubra agora