Primeira vez

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EVIE RODWELL

Eu estava sentada no refeitório tomando uma limonada que eu havia feito, mesmo que eu me alimentei na casa de Magnus, eu estou com sede e quero algo diferente. Até que notei o olhar de Aldertree sobre mim, e ele veio em minha direção.

— Não é possível que eu não tenha paz um minuto — sussurrei contra a borda do copo.

— Evie, podemos conversar? — questionou e assenti mesmo relutante — Você some junto com Jace quando ativo o microchip, um dos meus soldados vê você pela janela do apartamento de Magnus Bane, Jace volta pro instituto e você não está, e você passa o dia inteiro nas ruas e volta depois de eu ter desativado o microchip. Isso é muito estranho.

— Claro que é estranho. Um shadowhunter dependurado na janela do apartamento do Magnus é algo bem doentio e perigoso. Ele poderia estar nu andando pela sala, há não ser que esse soldado goste da fruta — debochei com um sorrisinho e ele não pareceu ter gostado.

— Não venha me dizer que estava protegendo Jace do microchip, até porque, não o afetou. Eu não faço ideia de como, mas não aconteceu. Eu não sei o que você está escondendo, mas vou descobrir.

— Querido, investigue o que quiser, minha vida é um livro aberto. Só não procure demais a onde não tem, para não ser acusado de perseguição para a Clave — beberiquei meu suco e sorri passando a língua entre os lábios — Aceita Limonada?

Ele me encarou, e havia algo meio sombrio no seu olhar e saiu de forma apressada.
Eu pensei que teria paz, mas logo a cabeleira ruiva estava com café da manhã sentada na minha mesa.

— Izzy brigou comigo — falou enfiando um pãozinho na boca.

— Deixo eu adivinhar...pela runa que você não contou? — fingi pensar e ela arregalou os olhos — Ela me contou, não se preocupe, eu prometo guardar segredo.

— Eu jurei guardar seu segredo, e mesmo que eu já saiba, estou esperando que você confie em mim para me contar — mudou de assunto de forma rápida.

— Achei que isso fosse assunto passado, mas não mude de assunto, Fairchild.

— Olha, eu não sei como isso aconteceu. Eu só vi a imagem e desenhei — contou.

— Mais um experimento de Valentim — balancei a cabeça em negação.

— Mas Valentim nem sequer me viu nascer — disse confusa.

— Mas viu sua mãe grávida, nada impede de ter feito experimentos com ela ainda gestante e isso ter te afetado — expliquei e ela fez uma expressão surpresa.

— Faz sentido, mas minha mãe nunca me disse nada mesmo que eu já soubesse sobre nossa história. Agora não tem como perguntar pra ela.

— Porém, você ainda pode descobrir sozinha — pisquei — Boa sorte Fairchild — me levantei e fui para o coração do Instituto começando o trabalho.

                           [...]

— Um corpo de shadowhunter foi encontrado morto perto do Brooklyn — uma shadowhunter avisou — Não conseguimos identificar quem era, mas trouxemos o corpo para uma análise.

— O Ciclo talvez — Jace supôs.

— Acho que não — dei de ombros — Não sei porque, mas acho que não. Tem algo a mais nisso, pelo menos é o que a minha intuição diz, e ela não costuma falhar. Enfim, boa noite pra vocês — Me afastei e fui para o meu quarto que divido com Alec, e quando entrei encontrei um quarto iluminado por velas e uma cama cheia de rosas — Até onde eu sei, a energia não acabou — comentei atraindo a atenção de Alec que estava de costas, e se virou assustado.

𝐴𝑠𝒉𝑒𝑠 𝑜𝑓 𝑡𝒉𝑒 𝒉𝑒𝑎𝑟𝑡 ○ 𝐛𝐨𝐨𝐤 2Onde histórias criam vida. Descubra agora