Azazel

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EVIE RODWELL

Foi difícil me despedir de meu pai, eu não sei quando voltarei a vê-lo — mesmo que ele disse que será em breve — e não contive em deixar as lágrimas caírem de novo. Magnus abriu um portal de volta para seu apartamento, e segui a pé para o Instituto. Eu preciso pensar.

O sol já estava nascendo novamente em Nova York — O que significa que poucas horas lá, foram muitas aqui — só que havia algo muito estranho acontecendo. Assim que cheguei perto do Instituto, vi vários shadowhunters entrando e saindo ao mesmo tempo — o que não é nada normal — até que vi Alec sair de lá. Assim que me viu, ele pareceu aliviado,  correu até mim e me prendeu um abraço muito forte.

— Ei, calma — sussurrei sentindo ele quase me esmagar, até se afastar.

— Você tá bem? — perguntou colocando meu rosto entre suas mãos e assenti — Graças ao anjo!

— O que está acontecendo? — questionei já sentindo que algo nada bom aconteceu.

— O que está acontecendo? ONDE você esteve? Eu te liguei milhões de vezes, e não sabe o quão preocupado eu fiquei. Primeiro eu descobri que Isabelle está viciada em hífen.

— O-o que? — gaguejei.

— E depois a Clary some e quase morre, Valentim invade o Instituto com o Ciclo, Jace descobre que não é filho dele e acaba ativando a espada-alma, os submundanos que entraram no Instituto para os deter acabaram mortos. Agora, Valentim conseguiu ser preso pelo Jace e a espada-alma sumiu — falou em um fôlego só e respirou fundo.

Eu não conseguia acreditar em tudo que ele acabou de falar. Em poucas horas pra mim, tanta coisa aconteceu e eu nem sequer imaginava. Eu estava aproveitando enquanto todos aqui passavam por apuros.

— Eu...pelo anjo...isso é uma tragédia — desviei o olhar sentindo uma certa culpa por não ter estado aqui, mesmo que talvez a minha presença não fosse fazer tanta diferença.

— Sim, mas a questão é : A onde você estava? — insistiu.

— Eu estava com o Magnus, ele não estava se sentindo bem e eu ajudei, sou a melhor amiga dele. Só que nisso, a gente acabou indo parar na Suíça — falei já esperando uma bronca.

Ele suspirou parecendo um pouco irritado, mas permaneceu calado.

— Me desculpa por isso.

— Está tudo bem,vamos esquecer isso, já aconteceu. E foi melhor você não ter estado aqui, assim se manteve segura e Magnus também.

— Tem razão — sorri.

— Você não sabe o quão foi difícil essa missão pra mim, porque eu não fazia ideia de onde você estava e como estava. Milhões de coisas ruins se passaram pela minha cabeça, e a sensação de achar que eu tinha te perdido era horrível. Em todas missões que já participei, nunca me senti assim com ninguém. A sensação de vazio, de dor. Eu cheguei a conclusão que não posso ficar sem você, porque eu te amo, Evie Rodwell.

O encarei sentindo meus olhos marejarem, e ele me encarou de uma forma tão profunda. Ele está sendo tão sincero comigo em relações ao seus sentimentos.

— Eu também amo você, Alec Lightwood — nos aproximei e beijei seus lábios. Ele retribuiu me abraçando, e tive uma sensação boa de estar aqui com ele.

— É melhor entramos, o Instituto está um caos.

Assenti e seguimos de mãos dadas para dentro do Instituto.

                          [...]

Imogen finalmente chegou ao Instituto para tentar conseguir informações de Valentim — no caso, ela está torturando ele para conseguir — e segundo ela, ela recuperou a espada-alma que foi enviada para as irmãs de ferro já que foi danificada pela runa que aparentemente Clary fez.
Eu sei que ela está mentindo sobre isso, ela está tentando esconder que as coisas não estão nada boas.
Hoje pela manhã houve um ataque em um bar em uma das avenidas principais de Nova York. Vários mundanos morreram, assim como dois shadowhunters que estavam escoltando minha avó. Eu e Alec fomos enviados justamente para tentar descobrir exatamente o que aconteceu, e encontramos Luke com sua equipe policial.

𝐴𝑠𝒉𝑒𝑠 𝑜𝑓 𝑡𝒉𝑒 𝒉𝑒𝑎𝑟𝑡 ○ 𝐛𝐨𝐨𝐤 2Onde histórias criam vida. Descubra agora