Meu Céu Violeta

Capítulo 22- Traumas

Edgar PDV

-Está em todas as mídias! Todo mundo já sabe! - Violet retorna da varanda parecendo bastante furiosa.

-Nossa mamãe eu quase nunca a vejo tão brava assim. - Alice diz parando de fazer carinho em Zeus para olhar Violet que andava de um lado pro outro.

-Aconteceu alguma coisa? - Me arrisco a perguntar.

-Se aconteceu? Uma bomba acabou de explodir e agora eu não sei o que fazer, eu juro que se por as minhas mãos naquele desgraçado do Sebastian eu sou capaz de esgana-lo.

-Calma ai, quem é Sebastian? - Eu já começa a achar estranho aquela ração dela.

-Um mal caráter que acha legal ferrar com a vida dos outros expondo ela. Acabei de saber que o mundo todo sabe sobre o meu passado e bem das coisas que escondi.

-Sobre tudo? -Pergunta e ela balança a cabeça confirmando. - Mas como esse tal de Sebastian descobriu tudo?

-Isso é o que eu não sei, mas com certeza algum X9 abriu a boca para entregar toda a minha vida pra ele. Agora a mídia toda vai cair em cima, e o pior é que tudo é culpa minha agora a bagunça está feito. -Ela as mãos na cabeça bastante preocupada.

-Calma, podemos dá um jeito, eu posso falar com meu advogado para conseguir tirar a matéria do ar. - Eu falo, deveria ter um jeito de resolver toda essa bagunça.

-Não tem como, mesmo que Sebastian tire a matéria do seu blog outros blogs de fofoca já começaram a falar.

-Mãe, você está em apuros? -Alice pergunta preocupada para ela, Violet a abraça, não iria deixar que essas noticias prejudicasse Alice de alguma forma.

-Tá tudo bem anjinha, isso é apenas o preço que eu tenho que pagar pela fama. - Ela fala alisando os cabelos da menina. -Agora eu preciso falar com seu tio Kevin urgente, precisamos descobrir quem foi esse X9.

-Tem certeza que não precisa da minha ajuda? Eu realmente tenho contato com ótimos advogados... - Eu tento, mas ela balança a cabeça negando.

-Não precisa Edgar, agradeço pela sua preocupação, além do mais você também foi exposto por minha culpa. Agora eu preciso ir...

-Pai, por que não leva a mamãe. - Alice fala olhando de mim para a Violet. 

-Boa ideia, eu te levo até o hotel... - Começo mais Violet nega.

-Eu vim com meu segurança. - Violet abaixa até ficar na próxima a Alice. - Não se preocupe comigo anjinha, e quero que tome cuidado está bem? 

-Pode deixar mamãe, mesmo eu ainda achando que o papai deveria levar você.

Mas eu queria fazer alguma coisa, não aguentava ficar ali sem fazer nada que pudesse ajudar, Violet parecia arrasada, eu sabia que existia um motivo pra ela ter escondido suas origens do mundo, e tinha certeza que não era por causa de mim, já que ela tinha me escondido sobre Alice esse tempo todo, existia outra coisa que a perturbava e eu tive que me segurar para não a questionar sobre isso.

Violet PDV

Sai da casa de Edgar ainda um pouco transtornada com tudo que está acontecendo, não acredito que o miserável do Sebastian fosse jogar tão baixo ao ponto de expor a minha filha daquela maneira, como se eu fosse a vilã de tudo, pensando melhor talvez eu fosse mesmo, escondi segredos desde que decolei minha carreira, mas não por ter vergonha de onde eu vim, até por que nunca escondi minhas raízes humilde, eu só não falei a verdade por medo de que meu pesadelo retornasse, como se aquela vida que eu tinha antes pudesse retornar, aquela vida que ainda me assombrava com as inseguranças, eu passei por coisas que nunca abandonam a minha mente por mais que eu queira esquece-las, as humilhações do meu pai, que mesmo eu tendo o perdoado, elas ainda me perturbavam e me traziam inseguranças, as humilhações que Liam fazia comigo todos os dias, me chamando de baranga gorda, toda vez que eu me olhava no espelho era como se estivesse ouvindo ele falando essas coisas, como se falasse que eu nunca era boa o suficiente para o mundo. Por isso passei todos esses anos em dietas extremas, com medo que eu voltasse a ser como antes a Violet gorda e humilhada, eu não aguentaria ouvir julgamentos das pessoas sobre isso novamente, toda vez que eu lia alguma matéria falando sobre o meu corpo eu me sentia tão mal que precisava me entupir de calmantes para espantar a ansiedade que me abatia.